A estiagem que atinge a Europa tem provocado consequências graves - rios navegáveis estão secando e os incêndios florestais se alastrando
Mais de mil bombeiros estão mobilizados na região de Gironde, perto de Bordeaux. Dois incêndios grandes já consumiram mais de 20 mil hectares de floresta só neste mês. Cerca de 40 mil pessoas tiveram que deixar a região.
No meio de verão árido que bateu recordes de calor em toda a Europa, os rios do continente estão evaporando.
A pior situação é a do rio Reno. Pilar das economias da Suíça, Alemanha e Holanda, ele deve se tornar praticamente intransitável no fim desta semana, impedindo vastos fluxos de diesel e carvão, usado nas termelétricas europeias.
Só alguns tipos de embarcações conseguem navegar com o nível tão baixo. O número médio do Reno na última semana foi de 70 centímetros. O nível médio normal para esta época do ano é de dois metros e meio.
O rio Danúbio, que liga a Europa até o Mar Negro, está bloqueado, o que dificulta o comércio de grãos e outras mercadorias importantes.
Em toda a Europa, o transporte é apenas um dos elementos do comércio fluvial, que foi prejudicado pelas mudanças climáticas. A crise de energia da França piorou nos últimos dias porque os rios Ródano e Garonne estão muito quentes para resfriar os reatores nucleares.
Além do drama da seca, a Europa tem outros grandes desafios. O continente segue à beira da recessão, já que a guerra na Ucrânia só alimenta a inflação, a escassez alimentos e também de energia.
