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“Não tem como segurar” o preço da passagem em 2023, diz Ricardo Nunes

Para o ano que vem, o prefeito prevê reajuste em um cálculo que inclua a participação da tarifa, subsídios e inflação dos transportes

Da Redação, com Rádio Bandeirantes

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O prefeito de São Paulo Ricardo Nunes (MDB) disse nesta sexta-feira (8), em entrevista à Rádio Bandeirantes, que no ano que vem não haverá possibilidade de retenção de aumento no preço da passagem de ônibus na cidade. “Não tem como segurar”, disse. 

O valor do reajuste previsto ainda não pode ser definido, segundo o prefeito. “A participação na tarifa, ou seja, quantos passageiros vão estar utilizando o transporte. Essa diferença entre a despesa e a receita é onde está o subsídio. A pandemia fez com que muitas pessoas mudassem seus hábitos, para inclusive trabalhar em home office”, aponta. 

“A gente ainda tem seis meses para fechar essa conta, mas pelos dados que a gente tem pela inflação vai ser quase impossível manter a tarifa por mais um ano”, calcula. 

Os aumentos no preço do diesel são apontados por Nunes como principais responsáveis pela previsão de alta na passagem. “Não tem como segurar mais essa conta. De junho para cá, só o item diesel aumento 107%. O diesel representa 20% do custo do transporte coletivo da cidade”, disse. 

Idosos

Segundo o prefeito de São Paulo, a gratuidade para idosos no transporte público pode ser revista. “Se você faz a gratuidade do idoso para quem precisa, para quem é pobre, quem está no CadÚnico, é absolutamente justo. Agora, se faz gratuidade de idoso para todo mundo. Hoje pode ter idosos que recebam R$ 5 mil, R$ 6 mil, R$ 2 mil, R$ 10 mil por mês e tem gratuidade no transporte. E passa a ter uma situação de injustiça”, diz. 

O prefeito também mencionou a previsão de que a proposta de emenda à Constituição – apelidada de PEC da Eleição – distribua valores para compor o subsídio dos transportes nas cidades. “A gente gastou R$ 3,3 bilhões em subsídio, como também foi em 2020”, disse. 

“Tem já um acordo no Congresso para aprovação da PEC. Consta lá uma parte do valor para as prefeituras, não só de São Paulo, mas de todo o Brasil com relação ao pagamento da gratuidade dos idosos. Aquilo que a gente pretendia diminuiu, eram R$ 5 bilhões, agora nesse segundo projeto é de R$ 2,5 bilhões para todos os municípios, que dá uma conta de mais ou menos R$ 160,00 por idoso. Para a cidade de São Paulo, dentro desse cenário, a gente já descontado 30% para o Estado, em torno de R$ 150 milhões. Nós gastamos com a gratuidade do idoso R$ 450 milhões” 

Semáforos

Ricardo Nunes prometeu começar a reestruturação semafórica de São Paulo em um prazo máximo de dois meses. Para isso, o prefeito vai assinar um aditivo na PPP (Parceria Público-Privada) da iluminação pública, como antecipado pela reportagem da Rádio Bandeirantes. Nunes explicou que dessa forma a CET (Companhia de Engenharia e Tráfego) não será mais responsável pelo serviço, o que permitirá economia de 5 milhões de reais aos cofres públicos. 

Carnaval de julho

Ricardo Nunes confirmou que vai cortar a destinação de dinheiro público ao carnaval fora de época previsto para a semana que vem. O evento foi cancelado por falta de patrocínio.

Ciclofaixa de lazer

Nunes informou que está prevista para a semana que vem a abertura das propostas de patrocínio da Ciclofaixa de Lazer. A antiga patrocinadora vai prestar o serviço somente até 23 de agosto. Caso não haja empresa interessada, a prefeitura vai arcar com os custos de manutenção das vias – R$ 20 milhões.

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