Por semana, o número de mortes por Covid-19 em gestantes e mulheres no pós-parto dobrou em 2021 em comparação com o ano passado. As informações são da repórter Giovanna De Boer, da Rádio Bandeirantes.
O avanço da pandemia em todos os grupos sociais também não tem poupado as gestantes. Desde o surgimento do coronavírus no Brasil, quase 1 milhão e 100 mil grávidas ou mulheres que acabaram de ter o bebê já testaram positivo.
A maior parte dos casos ocorre entre o 6º e o 9º mês de gestação, mas as complicações mais severas atingem mulheres entre o 3º e o 6º mês de gravidez.
Os dados foram coletados pelo Observatório Obstétrico da Universidade de São Paulo com base em informações fornecidas pelo Ministério da Saúde.
A falta de assistência especializada é um dos fatores que contribuem para o agravamento de alguns casos, alerta Rossana Francisco, uma das coordenadoras do trabalho.
Segundo os dados do Observatório Obstétrico, a média de mortes por semana desde janeiro mais do que dobrou em comparação com o ano passado.
Em 2020, a média semanal era de 10 óbitos entre gestantes e mulheres no pós-parto, agora, supera 25.
A gravidez vem acompanhada de mudanças na rotina e na vida das pessoas, e rituais sociais como o chá de bebê são momentos especiais para muita gente, mas agora não é hora, alerta a obstetra Rossana Francisco, e as grávidas precisam redobrar os cuidados, evitando ao máximo situações de risco
Os sintomas da doença costumam ser os mesmos que não-gestantes apresentam coriza, febre e mal-estar, por exemplo.
Na cidade de São Paulo, dos mais de 1.600 casos de Covid-19 em gestantes, cerca de 24% precisou de um leito de Terapia Intensiva e 14% veio a óbito.
Na última sexta-feira o Ministério da saúde aconselhou que mulheres adiem gravidez até melhora da pandemia.
A justificativa é que a gravidez é uma condição que favorece as tromboses a formação de coágulos no sangue.
Ainda segundo a pasta, mulheres grávidas que tenham doenças prévias devem ir aos postos receber a dose da vacina contra a Covid-19.