O Ministério da Educação anunciou que ouviu alunos e professores e afirmou que o objetivo da reforma do ensino médio é aumentar a carga horária e diminuir os itinerários normativos. A promessa é que a versão final da proposta seja enviada ao Congresso até o fim deste mês. Para a presidente da ONG Todos Pela Educação, Priscila Cruz, o termo é 'equivocado' e a alteração se dá por uma 'mudança curricular'. Confira a entrevista completa no vídeo acima.
“Acho que é um nome equivocado, porque pra gente chamar de reforma, a gente teria que mexer na gestão das escolas, formação de professores. O que a gente tá falando aqui é de uma mudança curricular. Essa alteração é para termos um ensino médio que tenha a parte comum, que é a formação geral básica, e a possibilidade de aprofundamentos", disse.
Entre outros assuntos, a presidente afirmou que para melhorar a educação no país, é preciso continuar a busca pela equidade e citou que é preciso 'dar mais para quem tem menos'.
"A gente precisa dar mais pra quem tem menos. As escolas de tempo integral, por exemplo, essas escolas precisam estar disponíveis para os alunos mais pobres, que são os que têm mais barreiras para estarem lá. A gente precisa dar uma atenção para as relações étnico-raciais, para os alunos negros, indígenas, quilombolas. Tem uma intencionalidade que precisa acontecer para que esses alunos em vulnerabilidades maiores e desenhar políticas públicas para essas desigualdades”, completou.
