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PF identifica depósito de pastor na conta do ex-ministro Milton Ribeiro

Defesa de Milton Ribeiro disse que dinheiro foi depositado porque o ex-ministro vendeu carro para um dos pastores investigados

Da redação com BandNews TV

Investigadores da Polícia Federal (PF) identificaram um depósito bancário que teria sido feito pelo pastor Gilmar Santos ao ex-ministro Milton Ribeiro, segundo apurações do BandNews TV. Os dois foram presos pela operação “Acesso Pago”, deflagrada na manhã desta quarta-feira (22).

O valor do depósito feito pelo pastor Gilmar não foi divulgado. Devido ao sigilo do inquérito, também não foi revelado quando a transação bancária aconteceu. A defesa de Ribeiro, em resposta ao BandNews TV, confirmou a informação, sem mencionar quem a teria feito.

Segundo o advogado do ex-ministro, o motivo do depósito seria a negociação de um carro que Ribeiro teria vendido para um dos pastores que também foram presos na operação: Gilmar Santos ou Arilton Moura Correia.

Segundo a defesa, se a prisão de Milton aconteceu pelo fato dessa suspeita, a ordem é ilegal, pois o ex-ministro, por ter deixado o Ministério da Educação, não teria condições de atrapalhar as investigações.

Transferência para esposa de Ribeiro

O advogado Daniel Bialski, defensor de Ribeiro, confirmou a transferência de R$ 50 mil para a esposa do ex-ministro. Segundo ele, um relatório da Controladoria-Geral da União identificou o repasse, que se trata do processo de compra e venda de um carro modelo Ecosport. A declaração foi dada em entrevista ao BandNews TV, nesta quinta-feira (23).

“A esposa do ex-ministro estava vendendo um carro que pertencia a ela, um Ecosport, e um parente desse pastor [seria o pastor Arilton Moura] acabou comprando. O documento de transferência foi assinado. Os registros juntos aos institutos de trânsito foram feitos e os depósitos foi feito na conta da esposa do ex-ministro porque ela era proprietária desse veículo”, contou Bialski.

Repasses irregulares

Durante esta manhã, a PF deflagrou uma operação contra o favorecimento de municípios que negociavam verbas diretamente com dois pastores, Gilmar Santos e Arilton Moura Correia. Em áudios divulgados em março, o então ministro dizia que a “priorização” de determinadas prefeituras seria um pedido do presidente Jair Bolsonaro (PL).

O mandado de prisão preventiva repassado à Band aponta prática de tráfico de influência, corrupção passiva, prevaricação e advocacia administrativa. Documentos apreendidos destacam ação criminosa na liberação de verbas públicas.

5 mandados de prisão

A PF cumpriu 13 mandados de busca e apreensão e 5 de prisão em Goiás, São Paulo, Pará, além do Distrito Federal. Os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura estão entre os presos. Outas medidas cautelares, como proibição de contatos entre os investigados e envolvidos, também foram efetuadas.

Vídeo: entenda quais são as acusações contra Milton Ribeiro

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