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Quinto suspeito de envolvimento em desaparecimento de meninos de Belford Roxo é morto

Morte do traficante conhecido como "Piranha" teria sido decretada pelo "tribunal do crime"; Polícia vê "queima de arquivo"

Clara Nery, da BandNews FM

Meninos desaparecidos em Belford Roxo (RJ)
Meninos desaparecidos em Belford Roxo (RJ)
Reprodução

José Carlos dos Prazeres Silva, chefe do tráfico do Castelar conhecido como “Piranha”, foi morto pelo “tribunal do crime” neste sábado (9). Essa é a quinta morte de suspeitos envolvidos nas investigações na busca pelo paradeiro dos três meninos desaparecidos em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro.

Segundo fontes ouvidas pela BandNews FM, a ordem para matar José Carlos veio de uma liderança do Comando Vermelho presa em Catanduvas, no Paraná. As mortes estariam sendo executadas por Wilton Carlos Rabelo Quintanilha, conhecido como “Abelha”, que deixou a cadeia mesmo com mandado de prisão ativo, beneficiado por um esquema de corrupção na Secretaria de Administração Penitenciária do RJ, liderado pelo ex-secretário Raphael Montenegro, acusado de negociar acordos com chefes do Comando Vermelho — a maior facção criminosa de tráfico de drogas do Estado – que cumprem pena no presídio federal de Catanduvas, no Paraná.

A Polícia Civil acredita que traficantes da comunidade estejam sendo mortos como “queima de arquivo” no caso dos três meninos desaparecidos. O objetivo das execuções seria evitar a confirmação de que a ordem para matar os três meninos teria vindo de chefes da facção do Comando Vermelho de dentro dos presídios.

A primeira morte aconteceu em setembro. Willer da Silva, o Stala, foi executado com Complexo da Penha, na zona norte. Ele era o braço direito do traficante Piranha, assassinado neste sábado. Nesta semana, foram mortos os criminosos conhecidos como “Tia Paula”, Farol e “Guil”, em um total de cinco mortes.

Segundo as investigações, os meninos Fernando Henrique, de 12 anos, Alexandre Silva, de 11, e Lucas Matheus, de 9, foram mortos a mando do tráfico, após o roubo de uma gaiola de passarinho.

Para a Polícia já não há dúvidas que as crianças foram mortas dentro da comunidade do Castelar. Os corpos teriam sido jogados em um rio, mas ainda não foram encontrados.

Relembre o caso

Lucas Matheus, de 9 anos, Alexandre Silva, de 11, e Fernando Henrique, de 12, desapareceram no dia 27 de dezembro do ano passado, depois que saíram para brincar na região do Morro do Castelar. Câmeras de segurança flagraram o último momento em que os três aparecem juntos, andando pela comunidade. 

No entanto, buscas foram feitas na localidade, mas nada que conectasse aos meninos foi encontrado. O homem e o denunciante foram ouvidos, e várias pistas passaram a ser analisadas pela polícia.

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