Tel-Aviv foi alvo de foguetes disparados pelo Hamas, nesta terça-feira, pela primeira vez em oito dias. A barragem atingiu também grandes áreas da planície costeira. Dois dos foguetes caíram no mar. Ninguém ficou ferido. Estilhaços foram recolhidos das ruas.
Após 73 dias de guerra, o Hamas, que assumiu a responsabilidade pelo ataque, é capaz, ainda, de atingir Israel.
As sirenes de bombardeio aéreo também soaram nas comunidades ao longo da fronteira de Gaza e ao norte, na fronteira com o Líbano. O porta-voz militar israelense anunciou ter abatido "uma aeronave hostil" que penetrou em Israel. Em outro comunicado, informou um ataque da força aérea contra alvos do Hezbollah.
Notícias também de um possível cessar-fogo e troca de reféns por prisioneiros palestinos. Uma delegação do Hamas é esperada no Cairo para prosseguir as negociações iniciadas com a intermediação do emir do Catar e a presença dos chefes da CIA e do Mossad, em Varsóvia. Israel se disporia, pelas informações vazadas, a libertar prisioneiros selecionados pelo Hamas. O próprio líder palestino Yahya Sinwar foi trocado, com outros 1.026 palestinos, pelo refém Gilad Shalit, em 2011. Ele passou 23 anos preso em Israel.
O Conselho de Segurança da ONU deve votar, ainda hoje, um novo cessar-fogo em Gaza. Teria que votar ontem, segunda-feira, mas adiou para obter o apoio dos EUA, que vetou a resolução anterior. O texto diz agora que "os civis na Faixa de Gaza não têm acesso suficiente a serviços essenciais para a sobrevivência" e pede ao Hamas que liberte os reféns imediatamente.