O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, foi aplaudido de pé no Parlamento Europeu após discurso virtual nesta terça-feira, 1º. A declaração dele reforçou o pedido para o país tornar-se membro da União Europeia, cujo documento de adesão foi assinado ontem pelo líder ucraniano.
Zelensky também afirmou que a guerra é uma tragédia para todos os ucranianos e que ninguém poderá intervir na liberdade do país. No mesmo discurso, o presidente ressaltou que o bloco europeu será mais forte com a inclusão de Kiev.
“Eu acredito que, hoje, estamos mostrando a todos que é isso o que somos. A União Europeia será mais forte conosco, sem dúvidas. Sem vocês, a Ucrânia ficará sozinha. Nós comprovamos a nossa força, provamos que, no mínimo, somos como vocês. Então, provem que estão conosco, que não nos deixarão, que são europeus, de fato”, declarou Zelensky.
A possibilidade de entrar na União Europeia contraria os planos russos para a região. Moscou, sob a liderança do presidente Vladmir Putin, solicitou que a Ucrânia se comprometesse a não integrar nenhum bloco, além de exigir que a Otan, aliança militar do Ocidente, não se expanda no Leste europeu.
Segundo agências ucranianas, as exigências de Moscou foram tratadas durante a reunião de ontem entre delegações russas e ucranianas sobre um possível cessar-fogo. O governo de Putin também pediu que Kiev reconheça as repúblicas populares de Donestk e Luhansk e abandone a ideia de devolução da Península da Crimeia, região anexada pela Rússia em 2014.
