Cláudio Humberto: Quem anda com cigarro de maconha no bolso financia o tráfico

Analista da Rádio Bandeirantes se diz contrário a possível descriminalização da maconha, em debate no Supremo Tribunal Federal; PEC das Drogas, no Senado, busca interromper o trâmite na Corte

Rádio Bandeirantes

Marcha da maconha foi proibida em São José dos Campos
Marcha da maconha foi proibida em São José dos Campos
Paulo Pinto/Agência Brasil

O analista da Rádio Bandeirantes, Cláudio Humberto, comentou durante participação no Jornal Gente desta terça-feira (16), a respeito da votação da PEC das Drogas no Senado Federal. A expectativa é de que o texto - formalizado como reação à análise do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre uma possível descriminalização da maconha e com a intenção de criminalizar todo tipo de droga - passe pela primeira votação ainda hoje.

Humberto disse ser "muito reticente" quanto a proposta de descriminalização pautada na Suprema Corte e que a medida não é defendida pela maioria da população. 

"Para 80%, é uma posição bastante eloquente da sociedade brasileira contra isso. Afinal de contas, o sujeito que está com o cigarrinho de maconha no bolso, ele está ajudando a financiar o tráfico. Trata-se disso", pontuou.

O jornalista também traçou um paralelo entre aqueles que reclamam de um possível imperialismo por parte da Coca-Cola, mas que consomem produtos da marca e a ajudam a manter seu status hegemônico.

"De alguma maneira, todos que fumam ou usam drogas, fumando maconha ou injetando, seja qual for a forma da droga, estão se associando ao tráfico de alguma maneira. Eu não vejo como descriminalizar isso. Não tem como. Havia uma enorme expectativa em obter receitas com negócios envolvendo subprodutos da maconha, a exemplo dos medicamentos. É um enorme fracasso. Essa coisa precisa ser colocada no seu devido tamanho", finalizou.

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