Fernando Haddad anuncia nomes do segundo escalão da Fazenda

O futuro ministro anunciou a equipe que auxiliará os trabalhos econômicos do novo governo

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Fernando Haddad
Fernando Haddad
Wilton Junior/Estadão Conteúdo

O futuro ministro da Fazenda define a equipe que vai auxiliar nos trabalhos econômicos no governo Lula. Os nomes do segundo escalão da pasta foram anunciados ontem por Fernando Haddad, durante entrevista coletiva em Brasília. Como secretário-executivo - considerado o segundo cargo mais importante do ministério - o escolhido foi Gabriel Galípolo. Ex-presidente do Banco Fator, o economista é especialista em parcerias público-privadas e possui experiência no setor financeiro.

Para a secretaria especial da reforma tributária, tida como prioridade do governo Lula, Haddad escolheu o economista Bernardo Appy. Especialista no assunto, ele ainda terá a responsabilidade de desenhar uma nova proposta de âncora fiscal que substitua o atual teto de gastos. O ex-prefeito de São Paulo destacou que tem pressa:.

Ainda na área econômica, Lula também confirmou o nome de Aloizio Mercadante para a presidência do BNDES. O economista e senador é visto com ressalvas pelo mercado financeiro; ontem, o Ibovespa fechou em queda de 1,71%. Já o dólar comercial teve alta, fechando o dia cotado a 5 reais e 31 centavos.

Pela chamada Lei das Estatais, Mercadante não poderia assumir o cargo por ter participado da campanha eleitoral de Lula. Mas, ontem à noite, a Câmara aprovou o texto-base do projeto de lei que flexibiliza a legislação e pode garantir o senador à frente do banco. Lula disse ainda que vai em busca de investimentos internacionais. Para o ministério da Cultura, a escolhida foi Margareth Menezes. A cantora baiana confirmou a indicação do presidente eleito e reforçou a necessidade de recuperar o setor:

Também nesta terça-feira, os grupos técnicos de transição encerraram os trabalhos no Centro Cultural Banco do Brasil. Depois de mais de 40 dias, a avaliação é de que o governo de Jair Bolsonaro entrega um legado de desafios e problemas em vários setores da sociedade. Os relatórios serão usados para embasar as ações dos novos ministérios. E incluem ainda um material de 23 páginas com uma lista de decretos do atual presidente que vão ser invalidados. Até a posse, o CCBB vai continuar funcionando como local para centralizar ações do futuro governo