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11 de fevereiro: Dia Internacional da Mulher na Ciência

Agatha Auana, estudante de biologia, se sente “orgulhosa” em ter escolhido essa profissão

Felipe de Moura (sob supervisão de Beatriz Duncan)

A data tem como objetivo botar em pauta a ciência, além de celebrar os feitos de mulheres.
A data tem como objetivo botar em pauta a ciência, além de celebrar os feitos de mulheres.
Reprodução/Agência Brasil

Nesta sexta-feira (11), é celebrado o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência. A data foi aprovada pela Assembleia Geral da ONU em 2015 e também é festejada pela UNESCO. Agatha Auana dos Santos da Silva, de 22 anos, é estudante do sexto período de biologia e se diz “muito orgulhosa” em ter escolhido essa profissão.

“Estudar Biologia é literalmente uma descoberta diária, porque você aprende sempre alguma coisa. Você entende que o que foi um dia, hoje não é mais e também o motivo de uma teoria que era muito aceita foi dada como errada depois. É demais ver como nós mudamos e como podemos ter muitas teorias sobre algo. Eu particularmente acho isso fantástico”, comentou a estudante.

A data tem como objetivo botar em pauta essa área, além de celebrar os feitos de mulheres. A celebração também visa encorajar as gerações mais novas a buscarem a carreira científica.

“É fundamental que tenha um dia para homenagear as mulheres na ciência, há anos atrás isso não era aceito. Algumas mulheres abriram portas para que outras também pudessem entrar nesse ramo e hoje eu sou uma delas”, comenta a estudante.

REPRESENTATIVIDADE FEMININA

Ainda são necessários esforços para uma participação justa e igualitária das mulheres em relação aos homens na ciência. Dados da ONU e da UNESCO apontam que 30% que as mulheres representam menos de 30% dos pesquisadores no mundo.

“Nunca tivemos uma mulher na presidência da Academia Brasileira de Ciências ou como Ministra da Ciência e Tecnologia, por exemplo. Poucas mulheres foram reitoras das Universidades. Temos trabalhado para construir políticas e ações que apoiem as cientistas, especialmente políticas de apoio à maternidade e ações para atrair as meninas já no ensino básico para a ciência”, comentou a professora da Universidade Federal Fluminense (UFF), Leticia de Oliveira, que é membro do movimento ‘Parent in Science’ e coordenadora do Grupo de Trabalho “Mulheres na Ciência” da UFF.

A pesquisadora disse ainda ter “paixão” por ser cientista e que adora produzir conhecimento, formar cientistas, questionar e mudar.