Band Rio

Dois meses em alto-mar: operação da Marinha busca estreitar laços com a África

Missão Guinex III conta com 280 militares. O navio partiu da Base Naval neste domingo (6), rumo a seis países do Golfo da Guiné.

*Ana Clara Prevedello e Ádison Ramos

A Operação Guinex III, da Marinha do Brasil, teve início nesse domingo (6) e a Band Rio acompanhou com exclusividade. O navio partiu da Base Naval com 280 tripulantes, para estreitar laços com pelo menos seis países do continente africano.

Até outubro, treinamentos práticos no Golfo da Guiné, situado na costa ocidental da África, serão feitos pelos militares, numa troca de experiências entre as marinhas.

A primeira parada da embarcação será em Natal, no Rio Grande do Norte. Depois serão mais doze dias até São Tomé e Príncipe, primeiro país africano incluído na rota. Segundo o comandante Rogério Diniz, a região do Golfo da Guiné é estratégica e diplomática.

“Isso é primordial para a Marinha do Brasil. A gente entende que a região é uma região de interesse à política externa brasileira, e eu tenho certeza que o navio vai representar bem a Marinha e o nosso país”, afirma o comandante Rogério Diniz, que estará à frente do navio pela primeira vez, e vai completar mil dias no mar.

O marinheiro Maycon Ederli embarcou pela primeira vez para uma missão em águas internacionais, e vai ficar mais de dois meses longe da família.

“Eu digo para ele todos os dias que eu sinto muito orgulho dele, por ele estar na Marinha”, disse a mãe de Maycon, Liliam Oliveira.

Ao saírem da Base Naval, no Rio de Janeiro, os militares se equiparam dentro da embarcação, enquanto uma lancha suspeita se aproximava da fragata, como parte de um exercício para os tripulantes. Depois de avisos sonoros pedindo para que a lancha se identificasse, um ruído foi disparado.

“Primeiro, a gente vai atirar na água, depois na superestrutura da embarcação. E se ela, mesmo assim, continuar se aproximando do navio e estiver demonstrando que pode causar algum problema ou algum perigo ao nosso navio, aí a gente efetivamente vai atirar de uma forma mais drástica”, explica o ajudante da Primeira Divisão, Felipe Radde.

O treinamento durou cerca de meia hora, e serve para preparar a tripulação do navio, que conta com luzes vermelhas no teto, radares e outros equipamentos modernos.

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*Sob supervisão de Christiano Pinho.