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Socialite do Chopin: família e motorista de Regina Gonçalves brigam na justiça

Defesa de José Marcos Chaves Ribeiro nega as acusações de cárcere privado contra a idosa e apresenta documento de união estável

Vânia Vero*

Regina Gonçalves no salão do apartamento no Chopin
Regina Gonçalves no salão do apartamento no Chopin
Divulgação

O mistério do caso de Regina Gonçalves está longe de terminar. A socialite, de 88 anos, preocupou a família e vizinhos moradores do edifício Chopin, em Copacabana, com o suposto desaparecimento. Ela fugiu do motorista particular e então companheiro, José Marcos Chaves Ribeiro, de 53 anos, após o Réveillon, e alega ter sido vítima de um golpe. Ela teria perdido dinheiro, joias e objetos de valor, e alega que foi mantida em cárcere privado. A defesa de Ribeiro nega todas as acusações.

Regina é viúva há três décadas do empresário Nestor Gonçalves, fundador dos Grupos Nestor Gonçalves e Copag do Brasil. Os dois não tiveram filhos no casamento. Ela é conhecida por sua coleção de joias e objetos de arte, e pelas festas e eventos da alta sociedade do Rio de Janeiro.

O jornalismo da Band conversou com um amigo da família, que preferiu não se identificar, mas está autorizado a falar em nome dela. Segundo ele, Regina está bem, hospedada na casa do irmão e "cada vez mais consciente e indignada com a situação".

Um inquérito na Polícia Civil está em andamento e existe um processo que está em segredo de justiça. A família ainda está fazendo um inventário para dimensionar a quantia perdida dos bens materiais que foram levados, pois todos os cofres da casa estavam vazios.

A defesa de José Marcos, representado pelo escritório Saccani Advogados Associados, nega todas as acusações e salienta que o processo está em sigilo. Também manifesta-se contra "as alegações criminosas, que resultaram nas medidas protetivas" contra ele. Ainda afirma que Ribeiro é companheiro de Regina, com união estável desde 2010 e formalizada em 2021, e que os parentes estão se aproveitando da incapacidade cognitiva da socialite.

Segundo documentação apresentada pela defesa, Regina estaria com demência em estado avançado. Além disso, “inexiste qualquer prova de agressão, opressão, violência emocional ou qualquer restrição à integridade física da vítima”, complementa o texto do advogado Bruno Saccani.

Já a família informa que Regina está bem, lúcida e sendo acompanhada por profissionais. O amigo da família garante que os resultados dos exames foram positivos em relação à saúde dela.

Quanto ao documento de união estável, os familiares confirmaram, mas dizem que Regina alega que o fez sob manipulação.

“Os advogados já entraram com pedido de anulação do documento, pelo viés criminoso no qual ela (Regina) aceitou assinar”, diz o amigo da família. Além disso, a medida protetiva contra o motorista foi renovada na última segunda-feira (22).

A família diz que não quer se pronunciar publicamente agora, mas afirma confiar firmemente na Justiça.

A previsão de retorno da socialite para o edifício Chopin, vizinho do Copacabana Palace, é para o início de maio. Regina deseja assistir o show de Madonna, marcado para o dia 4 do mês que vem, no seu apartamento.

*Sob supervisão de Christiano Pinho