Ao menos quatro bombas foram deixadas por um grupo de assaltantes na agência da Caixa Econômica Federal alvo da ação de criminosos em Itajubá, no Sul de Minas Gerais, no fim da noite dessa quarta-feira (22) e início da madrugada desta quinta-feira (23).
Militares do Gate de Belo Horizonte, o Grupo de Ações Táticas Especiais, são esperados no local para desarmar estes artefatos. Com a ajuda de militares de outras cidades da região, a PM também busca pelos suspeitos.
Um dos cinco veículos usados pela quadrilha foi encontrado em São Bento do Sapucaí, no interior paulista, e um suspeito foi preso até agora.
Na ação, os bandidos, armados com fuzis e usando explosivos, invadiram o banco para roubar o cofre. Segundo a PM de Minas, quatro policiais foram baleados. O quadro de saúde deles ainda é desconhecido, mas um militar passou por cirurgia devido a um tiro de fuzil que tomou em um dos braços.
Um estudante universitário de São José dos Campos, no interior paulista, também ficou ferido no tiroteio. Ele foi baleado na perna esquerda, mas se recupera bem.
De acordo com o secretário municipal de Defesa Social de Itajubá, Massoud Nassar, a quadrilha ainda atacou um batalhão da PM, para dificultar o trabalho dos agentes.
Depois de pedir, durante a madrugada, que os moradores não saíssem de casa, agora pela manhã, a prefeitura da cidade do Sul de Minas divulgou uma nota pela internet afirmando que acompanha as investigações do caso, e informou à população que, seguindo as orientações das Forças de Segurança, todos os serviços públicos como escolas, creches, postos de saúde e demais órgãos, vão funcionar normalmente nesta quinta-feira.
Ainda não há informações se o grupo conseguiu levar algum valor da agência. A partir de agora a perícia da Polícia Federal é quem vai apurar os detalhes.
Novo cangaço em Varginha
A Polícia Federal afirma que as investigações sobre a operação policial que terminou com 26 mortos, em outubro do ano passado, em Varginha, também no Sul de Minas, tramitam exclusivamente na Justiça Federal do município.
A PF ainda afirmou que não irá divulgar mais informações sobre as diligências para não comprometer as investigações.
Na última segunda-feira (20), os militares envolvidos na operação não compareceram às oitivas da Polícia Federal, em Belo Horizonte. A PM entende que a apuração da conduta dos militares é de competência da Polícia Judiciária Militar, e não da PF.
Procurada, a Justiça Federal ainda não respondeu se uma nova data será agendada para as oitivas dos 22 policiais.