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Companhias aéreas aumentam preços para despacho de bagagens

Reajuste pode chegar a 99% em determinadas situações; inflação das passagens acumula mais de 17% em 12 meses

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Aumento do dólar e do petróleo tem encarecido as operações aéreas, segundo as companhias
Aumento do dólar e do petróleo tem encarecido as operações aéreas, segundo as companhias
Foto: Agência Brasil

As três maiores companhias aéreas brasileiras reajustaram os valores para o despacho de bagagens. Em algumas situações, o preço subiu até 99%.

Levantamento do repórter Lucas Jozino indica que o preço mínimo cobrado no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, é de R$ 95.

Nesta quarta-feira (06), a Gol aumentou os preços. Agora, o despacho de uma mala com até 23 quilos custa R$ 95, anteriormente o valor era de R$ 80.

A empresa justifica o reajuste por causa do aumento dos custos no mercado da aviação comercial e para necessária adaptação do mercado.

Os valores podem ser mais baixos quando comprados pelo site das companhias.

Na Latam, os novos preços estão vigorando desde o dia 14 de março. O valor mínimo para o despacho é de R$ 75 e o máximo, de R$ 160.

Já na Azul, os valores estão sendo cobrados há um mês. A companhia reajustou o valor da primeira bagagem despachada que passa a custar R$ 90. O valor é na compra antecipada pelo site. No aeroporto, o despacho da primeira peça custa R$ 140.

A cobrança a parte do despacho de bagagens está autorizada no Brasil desde junho de 2019. Na época, os defensores da medida afirmaram que o preço das passagens cairia no Brasil, mas, na prática, a redução nunca chegou ao consumidor.

Apenas nos últimos 12 meses, as passagens aéreas aumentaram 17,5%. O reajuste está acima do IPCA (índice oficial da inflação), que ficou em 10% no período.

O aumento do dólar e do petróleo tem encarecido as operações aéreas, segundo as companhias.

NOVOS AJUSTES NA AVIAÇÃO

Com o novo reajuste anunciado pela Petrobras, o Querosene de Aviação ultrapassa o patamar de 90% de aumento em relação a 2019. Na última sexta-feira (1), a estatal anunciou um acréscimo de 18% na venda em algumas refinarias. O combustível não tinha sido reajustado com a gasolina e o diesel.

Algumas rotas brasileiras já registram aumentos superiores a 130% no preço das passagens, segundo um levantamento feito pela metabuscador Kayak.

Procuradas, as três principais companhias aéreas brasileiras admitem ser inevitável o repasse para o valor dos bilhetes.

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