O serviço 190 da Polícia Militar do Rio registrou pelo menos sete denúncias de casos de violência contra a mulher por hora no primeiro semestre de 2022. Ao todo, foram mais de 34 mil acionamentos para este tipo de crime nos seis primeiros meses do ano.
O levantamento da Subsecretaria de Comando e Controle da Polícia Militar aponta que este foi o segundo motivo na lista de ligações para o 190, atrás apenas das reclamações sobre perturbação do sossego.
Com a escalada dos casos de violência contra a mulher, entidades e grupos que atuam no enfrentamento do problema, se mobilizam para apoiar vítimas e a população vulnerável à questão.
A Comissão de Valorização da Mulher, que é vinculada à Presidência da Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio reeditou a cartilha amiga da mulher. Segundo presidente da Fundação Ceperj, Gabriel Lopes, o objetivo do material é educar e conscientizar sobre o tema.
Ainda segundo a advogada e membro Comissão de Valorização da Mulher Ceperj, Daniele Oliveira, para que a Lei Maria da Penha seja efetiva é necessário compreender a gravidade dessa violência e os motivos do silêncio da mulher.
Um dos casos que ganhou visibilidade recentemente foi o de uma mulher que sofreu agressões do ex-companheiro com uma chave inglesa no Centro do Rio. O caso aconteceu no domingo (31).
Somente no mês de julho, a BandNews FM noticiou pelo menos seis casos de mortes de mulheres por atuais ou ex-companheiros.
Durante este mês, será realizada a campanha Agosto Lilás, para conscientizar a população sobre o problema.
Nos primeiros seis meses de 2022 o estado registrou 57 feminicídios. Segundo o Instituto de Segurança Pública, no mesmo período, foram 143 tentativas de feminicídio em todo território fluminense.