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50 milhões de pessoas ainda usavam recursos precários de esgotamento no Brasil

Isso significa que uma em cada quatro habitantes não tinha acesso ao saneamento adequado. O dado foi revelado nesta sexta-feira (23)

Por Giovanna Faria

50 milhões de pessoas ainda usavam recursos precários de esgotamento no Brasil
Agência Brasil

Quase 50 milhões de pessoas ainda usavam recursos precários de esgotamento sanitário no Brasil em 2022, segundo o Censo. Isso significa que uma em cada quatro habitantes não tinha acesso ao saneamento adequado. O dado foi revelado nesta sexta-feira (23). 317 mil pessoas ainda moravam em domicílios onde não havia banheiro ou sanitários. Em contrapartida, a proporção de domicílios com acesso à rede de coleta de esgoto aumentou para 62,5% em 2022. Os levantamentos feitos pelo IBGE em 2000 e 2010 registraram taxas de 44,4% e 52,8%, respectivamente.  

Dados do Censo Demográfico 2022 ainda revelam que, além do uso majoritário da rede geral ou pluvial de esgoto (58,3%), a população brasileira também usa fossas não ligadas à rede (13,2%), solução mais adotada em áreas rurais.  

A pesquisa ainda indica que pretos, pardos e indígenas são os grupos com menos acesso ao saneamento básico.

Apesar dos dados mostrarem uma expansão do esgotamento sanitário no país, a cobertura ainda é inferior à da distribuição da água e da coleta de lixo. Segundo o analista da pesquisa, Bruno Perez, entre os serviços que compõem o saneamento básico, a coleta de esgoto tem o maior custo.

A região Sudeste (86,2%) foi a que apresentou a maior parcela da população morando em domicílios com coleta de esgoto. Já a região Norte (22,8%) mostrou a menor taxa. São Paulo tem a maior cobertura de esgotamento sanitário, enquanto o Amapá é o estado com menos casas ligadas à rede de coleta de esgoto.  

De acordo com o novo Marco Legal do Saneamento Básico brasileiro, até 2033, 99% da população deve ter acesso a água potável e 90%, a tratamento e coleta de esgoto.

O destino do lixo foi outro ponto pesquisado pelo Censo 2022. 90,9% da população residia em domicílios com coleta direta ou indireta de lixo, quando os resíduos são coletados por serviço de limpeza ou é necessário que o morador deposite em caçamba para recolhimento posterior. Os 9,1% restantes recorriam a soluções locais ou individuais para a destinação do lixo, como queimar ou enterrar o material na propriedade. Parte dos entrevistados declarou que apenas joga o lixo em terrenos baldios.

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