Os acessos ao Campus Maracanã da Uerj voltaram a ser liberados na tarde desta quinta-feira (15), um dia depois de estudantes ocuparem o pavilhão e obstruírem as entradas com mesas e cadeiras.
Os alunos protestam contra cortes nos auxílios oferecidos pela universidade. Antes, as bolsas de assistência atendiam alunos com renda bruta de até um salário mínimo e meio. Agora, só vai ter direito quem recebe até meio salário mínimo.
Os estudantes dizem que, sem os benefícios, alguns não vão conseguir se manter na universidade.
A reitora da Uerj, Gulnar Azevedo, alega que os auxílios tinham sido concedidos de forma emergencial durante a pandemia. Ela afirma que a mudança foi necessária por dificuldades orçamentárias, mas não atinge alunos cotistas.
As atividades no campus foram suspensas nesta quinta (15). Durante a manhã, houve confusão e gritaria quando seguranças tentaram liberar as entradas do prédio. A Polícia Militar chegou a ser acionada.
A Uerj afirma que, durante a tarde, professores tiraram as barreiras que impediam a circulação pelo campus e os estudantes passaram a ocupar apenas a área da reitoria, onde já se concentravam desde o mês passado.
Na quarta (14), rojões chegaram a ser disparados de dentro do prédio. A Rua São Francisco Xavier também foi parcialmente interditada durante a manifestação.
Em nota, a Uerj classificou como inaceitável a tentativa de obstrução do campus. A universidade também abriu uma sindicância para apurar o ocorrido e identificar os envolvidos.