Três pessoas acusadas de aplicarem golpes de empréstimos consignados são presas em flagrante ao tentar sacar 20 mil reais em uma agência bancária com uma identidade falsa. Um funcionário do banco desconfiou do golpe e chamou a polícia.
Segundo as investigações, Kesia Damasceno de Oliveira e Rafael Oliveira da Silva pagavam Denilson Nascimento Araujo para atuar como laranja nos crimes. O acusado confessou o esquema para a Polícia Civil.
Em um áudio obtido pelos agentes, Kesia explica para ele a dinâmica do grupo para retirar o dinheiro.
"Quando chegar lá na mesa tu vai falar pra ele que tu quer fazer desbloqueio da conta, que tu ligou pra central e a central falou que não tinha como ser resolvido através deles porque estava dando erro na questão do telefone de contato como se fosse os dados de antigos sócios. Fala que houve a troca do sócio e que você queria atualizar os dados e fazer desbloqueio dessa conta porque você está precisando fazer uma transação do valor que tá lá e não tá conseguindo por conta disso."
A Polícia Civil identificou uma ocorrência contra uma empresa registrada em Cuiabá, no Mato Grosso, e abordou o laranja Denilson Araújo na saída do banco, na última sexta-feira (24). Os agentes constataram o golpe, após ele apresentar um documento diferente da identidade emitida pelo Detran.
Denilson disse ainda para a polícia que ele recebia mil reais por mês para movimentar a conta bancária da empresa. Kesia e Rafael Oliveira foram presos em um restaurante. De acordo com a polícia, eles encontrariam Denilson logo após o golpe frustrado.
O delegado Angelo Lages ressalta que a quadrilha tinha como principais alvos idosos e que é preciso ter atenção com os golpes.
"É importante estejam atentos, se consultem com seus filhos, vizinhos, pessoas próximas que elas confiem pra que elas não vulnerabilizem seus dados e venham a serem vítimas de quadrilhas como essas que trazem grandes prejuízos financeiros e emocionais às vítimas."
Na ação, os policiais apreenderam com Rafael Oliveira um carro estimado em quase R$ 200 mil. Os três presos vão responder por tentativa de estelionato, uso de documento falso e associação criminosa.