Em recuperação judicial, a Americanas fechou o mês de setembro com um caixa disponível 23% menor do que o registrado no mês anterior - R$1 milhão e 195 mil ante R$1 milhão e 552 mil em agosto.
Segundo relatório divulgado pelos administradores judiciais da companhia, o número de clientes teve uma leve queda na comparação com o mês anterior, de 1,41%. Desde que revelou um rombo contábil de R$ 20 bilhões em janeiro, a Americanas já acumula redução de quase R$ 6 milhões em sua base de clientes.
No documento, a varejista afirma que está em negociação "com diálogos produtivos" com seus credores para que se chegue a uma versão final do Plano de Recuperação Judicial. A construção de consenso está próxima, de acordo com fontes da BandNews FM.
Nesta quinta-feira (19), em um dos processos que a Americanas travava com um de seus credores, o Bradesco, teve fim na Justiça de São Paulo. O pedido inicial de suspensão foi feito pela própria companhia, com a concordância do banco. O aval da Justiça paulista paralisa a apuração paralela que vinha sendo tocada pela empresa de investigação Kroll em e-mails e documentos trocados pela alta cúpula da companhia nos últimos 10 anos.
A Americanas ainda possui dívidas bilionárias, não somente com o Bradesco mas com milhares de credores. Apenas na Corte de Nova York, informa o relatório, que a empresa possui dívidas na ordem de US$1 bilhão somando os valores que deve aos bancos Itaú International e Deutsche Bank.
Surpresa para os analistas, o total investido pelo grupo Americanas em setembro de 2023 foi de R$24 milhões 948 mil, muito acima dos R$9 milhões 618 mil investidos no mês de agosto. O relatório ainda informa que a empresa encerrou o funcionamento de 15 lojas em setembro.