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Balão cai no Aeroporto Internacional do Galeão na manha deste domingo (25)

O artefato foi retirado por equipes da brigada de incêndio do terminal

Por Pedro Dobal

Balão cai no Aeroporto Internacional do Galeão na manha deste domingo (25)
Aviation TV

Balões de grande porte podem ultrapassar a chamada altitude de cruzeiros e prejudicar voos comerciais a uma altitude entre 30 mil e 40 mil pés. O alerta é do piloto privado, fotógrafo de aviação e apresentador do canal "Porta de Hangar" Ricardo Beccari.

O profissional explica que os pilotos são treinados para identificar a presença dos balões, mas em situações de baixa visibilidade o risco de colisão aumenta.

Na manhã de domingo (25), um balão caiu no Aeroporto Internacional do Galeão, na Ilha do Governador, na Zona Norte do Rio. O artefato foi retirado por equipes da brigada de incêndio do terminal. Um vídeo mostra o momento em que um caminhão esguicha um jato d'água no balão antes que ele atingisse a pista do aeroporto.

Segundo a concessionária RIOgaleão, o episódio não causou nenhum impacto na operação.

O piloto privado Ricardo Beccari conta que um aeroporto tem diversas áreas sensíveis em caso de queda de balões, já que o contato dos artefatos com tanques de combustíveis, caminhões e as próprias aeronaves podem provocar explosões.

O Galeão afirma que realiza um trabalho de monitoramento para identificar balões e diminuir os riscos de queda na área do aeroporto. Equipes monitoram a aproximação dos artefatos por meio de câmeras de segurança e avisam a torre de controle, que alerta os pilotos, reduzindo riscos de colisão e problemas de pousos e decolagens.

Em todo o ano passado, foram registradas 39 ocorrências envolvendo balões no Galeão. Já no Santos Dumont, no Centro do Rio, um artefato caiu em cima de uma aeronave em maio e chegou a provocar um incêndio próximo a um caminhão que levava combustível. Uma semana antes, outro balão caiu na cabeceira do aeroporto, atrasando diversos voos e deixando o terminal fechado por cerca de uma hora.

Segundo o programa Linha Verde, do Disque Denúncia, o número de alertas enviados pela população sobre soltura, fabricação ou comercialização de balões no Rio de Janeiro cresceu 68% no ano passado na comparação com 2022.  

A plataforma recebeu 116 denúncias em 2023, enquanto no ano anterior foram registrados 69 chamados. Metade das notificações foi apenas na capital fluminense. Mais de 300 balões foram apreendidos com base nas informações do programa.

O número de clientes da Light afetados por ocorrências envolvendo quedas de balões na rede elétrica neste ano também já é quase metade do registrado em todo o ano passado. Foram quase 3 mil clientes impactados em menos de dois meses, enquanto em 2023 o número chegou a pouco mais de 6 mil.

Soltar, vender e transportar balão é crime. A pena é de detenção de um a três anos e multa. 

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