A Justiça do Rio marca para julho de 2025 o novo júri do caso da engenheira Patrícia Amieiro, que desapareceu em junho de 2008. Segundo a denúncia do Ministério Público, o carro dela teria sido confundido com o de traficantes e atingido por tiros de policiais. O corpo nunca foi encontrado.
A decisão é da juíza Alessandra da Rocha Lima Roidis e foi tomada no último dia 7. No texto, a magistrada citou recurso apresentado pela defesa dos réus ao Supremo Tribunal Federal e negou a suspensão do processo.
Em junho do ano passado, por unanimidade, a Justiça já havia decidido que marcaria um novo julgamento. Na época, a decisão do colegiado levou em consideração os laudos pericias anexados ao processo, que contradizem a primeira sentença, de 2019. Na ocasião, os PMs envolvidos foram julgados apenas por fraude processual. Dois policiais militares foram condenados a três anos de prisão e 60 dias multa, valor determinado pelos magistrados, que é recolhido ao Fundo Penitenciário Nacional. Outros dois PMs foram absolvidos.
Em 2020, o processo ganhou um novo e importante capítulo, com um taxista que procurou a reportagem da BandNews FM que presenciou o crime e deu detalhes do que aconteceu na noite do dia 14 de junho de 2008, em longo depoimento prestado ao Ministério Público estadual.
Na decisão do júri de 2019, dois agentes foram condenados por fraude processual. Os outros dois policiais, absolvidos.