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Colegas acreditam que assassinato de advogado não tem relação com trabalho

Rodrigo Marinho Crespo foi assassinado na última segunda-feira (26) na frente do prédio onde trabalhava

Por Pedro Dobal

Colegas do advogado morto a tiros,  assassinado na última segunda-feira (26), em frente ao escritório em que trabalhava, no Centro do Rio, relatam medo de voltar ao trabalho presencial e dúvidas em relação ao que pode ter motivado o crime. Na terça-feira (27), nenhum funcionário foi trabalhar no escritório, que fica no prédio em frente à calçada onde Rodrigo Marinho Crespo, de 42 anos, foi atingido por 12 tiros.

O advogado Dario Correa Filho, que trabalhava com a vítima, explica que o assassinato deixou a equipe incrédula. Ele descreve Rodrigo como um profissional excepcional e diz não acreditar que o crime tenha relação com a atuação dele na advocacia.

Na nossa opinião, é muito difícil ter essa vinculação, porque o nosso escritório não atua na área criminal, nós não temos clientes criminais, que eventualmente possam ter alguma vinculação negativa.

O profissional defendia empresas de diferentes ramos e também atuava em processos relacionados a investimentos em criptomoedas. 

O crime ocorreu no fim da tarde de segunda-feira (26), na Avenida Marechal Câmara, a poucos metros da sede da Ordem dos Advogados do Brasil, no Centro do Rio. O enterro ocorre na tarde desta quarta-feira (28), no Cemitério São João Batista, em Botafogo, na Zona Sul do Rio.

Segundo a Polícia Civil, apenas a hipótese de latrocínio, roubo seguido de morte, está descartada. O carro dos criminosos ficou parado na via durante horas, até que um homem com uma touca ninja saiu do veículo, gritou o nome da vítima e atirou. De acordo com as investigações, a precisão dos disparos aponta que o crime foi executado por bandidos com experiência. 

O advogado Dario Correa Filho relata que Rodrigo tinha o hábito de sair para lanchar com colegas do escritório e nunca demonstrou preocupação de circular pela região.

A gente descia para lanchar muitas vezes juntos. Isso que aconteceu com ele ontem, muitas das vezes, a gente estava junto. Não tinha preocupação de andar na rua ou de fazer qualquer tipo de coisa. Tanto é que, se vocês olharem na filmagem, ele está totalmente descontraído, andando da forma que sempre andou. 

A Delegacia de Homicídios da Capital ouve testemunhas e tenta localizar imagens de câmeras de segurança que possam ajudar a identificar os criminosos e a rota de fuga utilizada por eles. A namorada da vítima prestou depoimento na terça-feira (28). Os agentes também analisam um computador do advogado que foi encontrado na casa dele.  

A gente tá querendo muito saber qual foi a motivação desse crime, porque o Rodrigo é um excepcional advogado. Era um rapaz super do bem. Não tinha vícios, não tinha problemas com droga, nada disso. Sempre foi um baita profissional, afirmou Dario. 

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