Deve ser divulgado nos próximos dias o resultado das negociações entre a empresa Changi, que administra o Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro, e o Governo Federal sobre a concessão do terminal. Segundo o Ministério de Portos e Aeroportos, representantes estão em Cingapura para definir uma solução para a questão.
O futuro dos aeroportos Galeão e Santos Dumont tem sido alvo de discussão, já que o terminal internacional vem sofrendo com a migração de passageiros, segundo as autoridades fluminenses. O Santos Dumont é atualmente administrado pela Infraero, mas o Governo Federal prevê a realização de um leilão para a concessão do espaço.
Em audiência pública realizada pela Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados nesta terça-feira (9), o presidente da RioGaleão evitou indicar qual será a decisão da empresa de Cingapura sobre a permanência ou não como gestora do aeroporto.
Alexandre Monteiro disse apenas que são realizadas discussões.
Ao final de 2022 foi assinado o termo. E com a chegada do novo Governo se abriu um espaço que a gente tá, vivenciando, trabalhando, um espaço de discussão, de talvez outras saídas com relação ao futuro do aeroporto, com relação a relicitação ou não. Mas hoje o que nós temos é esse contrato assinado e que ele segue perfeitamente válido. As conversas estão sendo muito construtivas.
No dia 28 de abril, a empresa Changi pediu ao Governo um prazo de até dez dias para dar uma posição sobre a intenção de permanecer à frente do aeroporto ou devolver a gestão. O pedido foi realizado durante reunião entre o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, e representantes da empresa.
Em visita ao Rio na última sexta-feira (5), o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, disse que a concessionária Changi precisa pagar anualmente R$ 1,3 bilhão à União para manter a concessão do terminal e que pleiteia que o valor seja reduzido pela metade para se manter como administradora do aeroporto. No entanto, o ministro afirmou que o Governo Federal não reduzirá o valor.
O Galeão tem capacidade para receber anualmente 37 milhões de passageiros, mas, no ano passado, foram menos de 6 milhões. Já o Santos Dumont, que é um terminal menor, recebeu, no mesmo período, cerca de 10 milhões de passageiros.