A construtora que vai assumir as obras do residencial Porto Vida após 10 anos de paralisação não descarta a possibilidade de demolir a estrutura já construída e erguer um novo empreendimento do zero.
Antes sob responsabilidade de um consórcio formado pelas empreiteiras Odebrecht, OAS e Carioca Engenharia, o residencial agora vai ser finalizado pela Cury Construtora, que tem outros canteiros de obras na Zona Portuária. O projeto não será o mesmo, mas a empresa ainda avalia o que vai poder ser reaproveitado na nova construção.
O abandono das obras era uma reclamação frequente de moradores e frequentadores da região.
O subprefeito do Centro, Alberto Szafran, comemorou o anúncio e destacou que os detalhes do novo empreendimento ainda estão sendo estudados.
O residencial Porto Vida teria cerca de 1.300 apartamentos, mas as obras pararam em 2014, menos de 40% concluídas. Na época, o motivo alegado era o enfraquecimento do mercado imobiliário na região devido à paralisação de obras de infraestrutura e à crise econômica pela qual passava o Rio de Janeiro.
O local abrigaria o Centro de Mídia e a Vila de Árbitros das Olimpíadas de 2016. Com o atraso na construção, os espaços foram transferidos para Jacarepaguá, na Zona Oeste.
A Caixa, que é responsável pelo Fundo Imobiliário Porto Maravilha e investiu cerca de R$ 100 milhões no Porto Vida, disse que a retomada das obras é vista como um fator de valorização da região. Agora, a expectativa é de que o projeto tenha mais de 1.700 unidades.
Desde 2020, mais de 6 mil apartamentos foram lançados na Zona Portuária e mais 4 mil devem serem lançados no ano que vem. A promessa é que a população da região tenha um salto de 32 mil para 100 mil habitantes nos próximos anos.