Criminosos utilizam nova modalidade de sequestro no Rio

Bandidos simulam raptos para extorquir vítimas e, em seguida, as sequestram para obter novo resgate

Carlos Briggs

Criminosos conseguiram extorquir cerca de R$ 7 mil da vítima Agência Brasil
Criminosos conseguiram extorquir cerca de R$ 7 mil da vítima
Agência Brasil

Criminosos utilizam uma nova modalidade de sequestro no Rio. Antes, os bandidos ligavam e simulavam que haviam raptado algum parente próximo da vítima. Para pagar o suposto resgate, os bandidos exigiam a transferência de um determinado valor.

Só que agora, depois da ligação, a quadrilha não pede mais o depósito em conta. O novo golpe consiste em marcar um encontro com a pessoa extorquida, para em seguida, exigir saques nos caixas automáticos, ou seja, se torna um sequestro relâmpago.

Além disso, uma vez que o sequestrado está sob o poder dos bandidos, a quadrilha passa então a ligar para todos os contatos da vítima e pedir dinheiro para que ela, que seria incialmente extorquida, possa ser liberada.

O caso aconteceu em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio. Os bandidos ligaram para uma jovem, de 19 anos, informando que haviam sequestrado a mãe dela. Como não conseguiu contato pelo telefone, a filha acreditou na versão dos criminosos e aceitou encontrar com a quadrilha, na porta do prédio dela, no dia seguinte. Ao entrar no carro dos bandidos, sacou cerca de R$ 7 mil, acreditando que pagava pelo resgate da mãe. Os bandidos sabiam as rotinas das duas, inclusive os horários e locais de trabalho.

Já em poder da quadrilha, a estudante foi obrigada a falar pelo telefone e depois encaminhar um vídeo para a mãe, que acabava de sair de um dia de plantão em um hospital, da Zona Sul do Rio. Nos dois contatos, a jovem pedia dinheiro para ser liberada. Só que, diferente da filha, a profissional de saúde optou por pedir ajuda à Polícia Militar.

A frente da ação, estava o coordenador do programa Copacabana Presente. O capitão Rosemberg Lima conta que a nova modalidade de sequestro fez com que a mãe, suposta sequestrada, quase se tornasse a pessoa extorquida.

A profissional de saúde, seguindo orientação da Polícia Militar, não transferiu qualquer valor exigido pelos bandidos. Ao fim das negociações frustradas, os bandidos liberaram a jovem, depois de ficar cinco horas sob a mira das armas da quadrilha.

A PM ainda orientou que não se fala qualquer pagamento a supostos sequestradores, nem que a pessoa aceite encontrar os bandidos. A corporação esclareceu a importância em procurar as forças de Segurança Pública.

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