Preso por suspeita de mandar matar a vereadora Marielle Franco, o conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado do Rio Domingos Brazão recebeu R$ 581 mil em férias acumuladas duas semanas antes da Justiça suspender o pagamento.
O valor é referente aos seis anos em que ele ficou afastado do cargo após ter sido preso, em 2017, por suspeita de corrupção. Ele voltou à função no ano passado, após uma determinação do Supremo Tribunal Federal, e pediu a conversão de 420 dias de férias em dinheiro.
Em nota, o TCE disse que a decisão não foi descumprida, já que a intimação só foi recebida na última segunda-feira (1º) e o pagamento ocorreu no dia 14 de março, três dias depois da presidência do TCE aceitar a solicitação do conselheiro.
Domingos Brazão voltou a ser preso no dia 24 de março, por envolvimento no caso Marielle. A mesma operação também prendeu o irmão dele, o deputado federal Chiquinho Brazão, e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa.