'Ele já abriu os olhos e conseguiu conversar', diz família de entregador baleado

Nilton foi baleado após discussão por causa da entrega de um lanche

Por Daniel Henrique

'Ele já abriu os olhos e conseguiu conversar', diz família de entregador baleado
PM atira em entregador que se recusou a subir ao apartamento
Reprodução/Jornal da Band

Familiares do entregador baleado durante o trabalho denunciaram à Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio que foram fotografados e filmados por policiais dentro do hospital onde ele está internado. Nilton Ramon de Oliveira, de 24 anos, se recupera no Hospital Municipal Salgado Filho, na Zona Norte do Rio, em estado grave.

Nilton foi baleado na última segunda-feira (4) em Vila Valqueire, na Zona Oeste, após uma discussão por causa da entrega de um lanche.

A presidente da Comissão de Direitos Humanos da Alerj, Dani Monteiro, que os deputados estão acompanhando o caso, após as ameaças.

No episódio, a esposa de um policial militar teria se recusado a descer até a portaria para buscar o pedido. O entregador, então, abriu o procedimento fazer a devolução à loja, quando passou a ser perseguido pelo agente, identificado como Roy Martins Cavalcante.

Ao chegarem no estabelecimento, na Praça Saiqui, Nilton e o policial começaram a discutir. O entregador teria sido ameaçado e passou a filmar a situação. Em um dos vídeos, é possível ver Roy com a arma na mão levantando a blusa de Nilton para revistá-lo.

Um parente de Nilton, que preferiu não se identificar, diz que, apesar da gravidade do quadro do entregador, ele já abriu os olhos e conseguiu conversar.

"Estive lá ontem para doar sangue, porque até o momento ele estava precisando. Minha esposa desceu e, graças a Deus, deu a notícia que ele já tinha acordado, que ele deu um sorriso pra ela, perguntou pela minha filha, que é a prima dele. Graças a Deus ele está se recuperando. Tenho certeza que, se acordou, graças a Deus ele deve estar bem."

Após atirar em Nilton, o próprio policial realizou os primeiros socorros e acionou o Corpo de Bombeiros. Roy Martins foi até uma delegacia da região e alegou que Nilton teria tentado pegar a arma das mãos dele, agindo em legítima defesa. A Polícia Civil e a Corregedoria da PM investigam o caso.

Sobre a denúncia de ameaças no hospital, a Polícia Militar disse que até o momento, não recebeu nenhuma comunicação formal nesse sentido.

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