Funcionário baleado no MCDonald's da Taquara entra com ação contra a rede

O pedido de indenização de mais de R$ 830 mil. O crime aconteceu na madrugada do dia 9 de maio, por causa de um cupom de desconto

Por João Boueri

Sargento do Corpo de Bombeiros que atirou contra o funcionário está preso  Reprodução
Sargento do Corpo de Bombeiros que atirou contra o funcionário está preso
Reprodução

O atendente do McDonald's Mateus Domingues Carvalho, baleado por um sargento do Corpo de Bombeiros em maio deste ano na filial da lanchonete na Taquara, Zona Oeste do Rio, entra com pedido de indenização de mais de R$ 830 mil contra a rede de fast food.  

Mateus Domingos está com contrato suspenso atualmente. O atendente recebe auxílio previdenciário por incapacidade temporária pelo INSS, em decorrência do ferimento. A vítima teve lesões no rim e intestino delgado, além de ter sido constatado fraturas na coluna. Ele passou por dois procedimentos cirúrgicos. O último foi realizado em julho para retirar o projétil alojado na região lombar.  Matheus teve o rim esquerdo retirado, além de parte do intestino.

Mateus Domingos relata que ainda sente dores e que enfrenta dificuldades para dormir. O atendente faz acompanhamento psicológico e psiquiátrico.  

O pedido de indenização se refere ao pagamento de pensões relativas ao salário vencidos, a partir da data do crime, e os que ainda vão vencer; valores a receber de direitos trabalhistas; pagamento de todas as despesas médicas decorrentes do acidente; continuidade do plano de saúde; e danos morais e estéticos.

Para o advogado de Mateus Domingos, a ação tenta garantir o direito trabalhista da vítima. Além disso, João Tancredo afirma que a rede de fast food colocou o funcionário em risco.  

O crime aconteceu na madrugada do dia 9 de maio, por causa de um cupom de desconto. Câmeras de segurança do restaurante flagraram o momento em que o militar Paulo Cesar de Souza Albuquerque agride e atira contra o atendente. O sargento está preso preventivamente.  

No dia 21 de outubro, a Justiça do Rio decidiu levar o caso para o tribunal do júri. Ainda não há previsão para o julgamento.  

Nas alegações finais enviadas à Justiça do Rio, os advogados do militar afirmaram que transtornos psicológicos causados pelo fim do casamento do sargento Paulo César de Souza Albuquerque levaram à mistura involuntária de bebidas e medicamentos psicotrópicos, que podem provocar alterações de comportamento, humor e cognição.  

Procurada, a rede de fast food disse que não comenta processos judiciais em andamento, mas assegura que a segurança e a saúde dos colaboradores são uma prioridade para a empresa. A companhia lamenta profundamente que o Mateus Carvalho tenha sido vítima desse ato de violência e reforça que desde o primeiro momento vem oferecendo a ele e à sua família toda a assistência necessária à sua completa recuperação.

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