Grupo reúne simpatizantes e pesquisadores de times extintos

Criada pelo professor de Biologia Kleber Monteiro, a comunidade discute dados e informações sobre campanhas, jogadores e uniformes

Por Gustavo Sleman

Grupo reúne simpatizantes e pesquisadores de times extintos
Grupo reúne simpatizantes e pesquisadores de times extintos
Reprodução/Redes Sociais

América, Botafogo, Flamengo, Fluminense, Madureira e Vasco. Equipes tradicionais e até mesmo multicampeãs, mas que sozinhas não contam a história do futebol no Rio.

Talvez você já tenha ouvido falar do Andahary, eternizado pela música de Nei Lopes, que retrata Dondon, zagueiro que marcou época no antigo clube da Zona Norte do Rio na década de 30.

Mas você conhece o Confiança ou o Palmeiras de São Cristóvão? Eles também são clubes que não mais existem, mas que até hoje movimentam a paixão e a curiosidade de muitos.

É o caso dos participantes do Exthyntos, grupo que reúne simpatizantes e pesquisadores desses times. Criada pelo professor de Biologia Kleber Monteiro, a comunidade reúne e discute dados e informações sobre campanhas, jogadores e uniformes.

Segundo Kleber, a ideia surgiu após o lançamento do primeiro livro dele sobre a Terceira Divisão do Campeonato Carioca, quando decidiu escrever sobre o Andarahy.

Entre os dias 5 e 8 de junho, o Exthyntos realiza o primeiro fórum sobre times extintos do Rio, no Tijuca Tênis Clube, na Zona Norte. O evento vai contar com diferentes mesas, que vão debater, por exemplo, a relação dos clubes com a formação da região da Grande Tijuca.

No encontro, vai ser entregue uma moção do deputado federal Tarcísio Motta que reconhece o título de times de Campeonatos Cariocas hoje considerados alternativos, organizados por entidades como a Federação Metropolitana de Desportos e a Liga Metropolitana de Desportos Terrestres.

Ainda de acordo com o fundador do Exthyntos, Kleber Monteiro, o fórum é uma oportunidade para diferentes gerações conhecerem atletas e times, como o Vila Isabel e o Mangueira.

Na análise do historiador Luiz Antônio Simas, a memória desses clubes segue viva pela ligação histórica com bairros e regiões e pela nostalgia.

Além de manter o Exthyntos, Kleber Monteiro também é responsável pela produção e venda, sob encomenda, de camisas em modelo retrô dos times que não existem mais. Os fardamentos, como gosta de chamar, trazem detalhes como escudos e nomes de atletas da época.

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