O homem que agrediu um porteiro em Ipanema, na Zona Sul do Rio, no sábado (19) é funcionário público do Tribunal Regional do Trabalho da Primeira Região. Wellder Luiz Batista Fontes, de 33 anos, pode pegar até dois anos de prisão, se condenado.
A Polícia Civil enviou o inquérito para o Juizado Especial Criminal do Leblon, que deve marcar audiência de conciliação. O funcionário público optou por ficar em silêncio na delegacia e disse que iria se pronunciar somente em juízo.
O porteiro Max dos Santos Martins Júnior, de 36 anos, disse que é coagido por Wellder Luiz Batista Fontes há pelo menos um ano. Os insultos teriam começado após o funcionário do prédio receber uma encomenda com avarias destinada ao morador. No entanto, o porteiro afirma que não percebeu o defeito no ato da entrega.
No sábado (19), o porteiro foi alvo de uma série de agressões. As imagens das câmeras de segurança do edifício mostram o momento em Max conversa com outro colega de trabalho. Em seguida, Wellder aparece na imagem. De acordo com Max, o morador retoma os insultos. A vítima começa a registrar as ações em vídeo e é agredida.
As imagens mostram que Max tenta escapar das agressões e, quando tenta descer a escada, é chutado por Wellder. Com o impacto, o funcionário chega a pular alguns degraus. As agressões só terminaram porque o porteiro conseguiu trancar a porta do prédio e pedir ajuda.
Wellder Luiz pediu para ser incluído no inquérito também como vítima. No entanto, segundo a delegada Daniela Terra, que investiga o caso, não há dúvidas de que somente o porteiro tenha sido a vítima das agressões.
A BandNews FM tenta contato com o funcionário público.
Procurado, o Tribunal Regional do Trabalho, onde Wellder ocupa um cargo administrativo, ainda não se posicionou.