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IBGE: só 28% das pessoas com deficiências estavam no mercado de trabalho em 2019

Número representa menos da metade do porcentual dos trabalhadores sem deficiência, que era de 66%

Por Priscila Xavier

A inserção no mercado de trabalho ainda é um desafio para as pessoas com deficiência Marcello Casal JrAgência Brasil
A inserção no mercado de trabalho ainda é um desafio para as pessoas com deficiência
Marcello Casal JrAgência Brasil

A inserção no mercado de trabalho ainda é um desafio para as pessoas com deficiência. É o que aponta o relatório inédito divulgado pelo IBGE. Segundo o levantamento, em 2019, apenas 28% das pessoas com deficiências estavam no mercado de trabalho. O número representa menos da metade do porcentual dos trabalhadores sem deficiência, que era de 66%.

O estudo também apontou uma grande diferença salarial entre os públicos: PCDs recebem cerca de mil reais a menos na remuneração se comparados ao salários de pessoas sem deficiência. Além disso, enquanto mais de 50% das pessoas sem deficiência assumiram postos formais, apenas 34% das pessoas com deficiência trabalhavam com carteira assinada. A pesquisa também ressalta que para essa porcentagem, as vagas eram sempre de pior qualidade e com menos direitos.

As disparidades são ainda maiores nos recortes de sexo, cor ou raça. Nesse cenário, entre as mulheres brancas e PCDs a taxa de desemprego era de 12,6%. O indicador era maior para mulheres pretas ou pardas, com ou sem deficiência: mais de 13% delas estavam fora do mercado de trabalho.

A analista do IBGE Maíra Bonna Lenzi também ressaltou que a taxa de desemprego também era maior entre as mulheres nas residências em que as crianças tinham deficiência.

Uma dessas mulheres é a dona de casa Márcia Leopoldino que precisou parar de trabalhar para cuidar do filho, Jhonatan Leopoldino, hoje com 20 anos.

De acordo com o IBGE, 8,4% da população do país com dois anos ou mais de idade tinha algum tipo de deficiência. O número é equivalente a cerca de 17 milhões de brasileiros. A maior proporção foi observada no Nordeste (9,9%), e a menor, no Centro-Oeste (7,1%).

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