A inflação acelera e fecha o mês de novembro em 0,28%, um aumento de 0,04 ponto porcentual na comparação com outubro. Os dados foram divulgados pelo IBGE nesta terça-feira (12).
O resultado foi influenciado principalmente pela alta dos preços do grupo de alimentos e bebidas, que registrou a maior variação: 0,63%. O aumento é explicado pela temperaturas mais altas e pelo maior volume de chuvas em diversas regiões do país, que influenciaram a colheita de alimentos mais sensíveis ao clima.
O preço da cebola subiu quase 27% e o da batata-inglesa, quase 9%. Já o tomate teve queda de 7% e a cenoura, de 6%. Nos supermercados, os clientes também notaram alta em outros itens, como o arroz e o feijão.
A colunista de economia da BandNews FM, Juliana Rosa, explica que a inflação no preço dos alimentos já era esperada para esse período do ano, mas foi menor do que o previsto. Já o gerente do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, André Almeida, pontua que os grupos de habitação e transportes também influenciaram no resultado.
O Rio de Janeiro apresentou a maior inflação no mês, com alta de 0,57%, puxada especialmente pelos preços das passagens aéreas e das taxas de água e esgoto. Outras quatro regiões analisadas tiveram variações negativas em novembro. São Luís registrou o menor resultado, com queda de 0,39%, pressionada pela redução nos valores da gasolina.
Em todo o ano, a inflação oficial no país acumula alta de 4,04%, dentro dos limites da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional.