A Polícia Civil investiga outros membros da quadrilha que usava um aplicativo na Internet para cometer crimes de estupro virtual, principalmente contra crianças e adolescentes. Nessa terça-feira (4), Pedro da Rocha, de 19 anos, foi preso em Teresópolis, na Região Serrana.
Segundo o delegado Luiz Henrique Marques, o suspeito é acusado de ser o criador e administrador principal do grupo on-line.
A Polícia também cumpriu mandados de busca e apreensão na ação desta terça-feira (4). Essa é a segunda fase da Operação Dark Room, que investiga os estupros virtuais.
Vídeos publicados na plataforma de comunicação Discord e obtidos durante a investigação mostram mutilações e sacrifícios de animais como parte de desafios impostos pelos criadores.
De acordo com o inquérito, os criminosos conseguem dados sigilosos das vítimas ou fingem que têm as informações. Depois, passam a chantagear crianças e adolescentes para que façam o que os bandidos desejam, como se expor na Internet.
Na primeira fase da operação, na semana passada, dois adolescentes foram apreendidos. Os investigados respondem por associação criminosa, estupro de vulnerável e por vender e expor vídeo com cena de sexo de pornografia infantojuvenil.
Em nota, o Discord disse que, no Brasil, 99,9% dos usuários nunca violaram as políticas da plataforma e que 98% das comunidades com materiais de abuso infantil foram removidas nos últimos seis meses. A plataforma afirmou ainda que está comprometida em cooperar com as agências de aplicação da lei no país, mas que não comenta sobre casos específicos.