A Justiça do Rio manteve a prisão preventiva do ex-governador Sérgio Cabral, no processo que julga o pagamento de propina ao ex-procurador-geral da Justiça Claudio Lopes. A decisão foi da juíza Alessandra Bilac Moreira Pinto, da 42ª Vara Criminal da Capital.
A defesa do ex-governador do Rio havia entrado com um pedido na Justiça pedindo que a prisão fosse revogada, alegando nulidade de atos e cautelares decretadas que teriam sido ordenadas por órgão incompetente.
No entanto, na decisão, a juíza afirmou que não há o que se falar de nulidade e que entende que ainda é necessária a manutenção da prisão preventiva para preservar à investigação criminal.
Sérgio Cabral é acusado de pagar mais de R$ 7 milhões em propina para Claudio Lopes em troca de informações privilegiadas e de indevida ingerência em investigações do Ministério Público.
Para também requerer à revogação da prisão, a defesa de Cabral também argumentou que o ex-procurador, que também é réu no processo e, para eles, o verdadeiro protagonista dos crimes, teve a prisão revogada.
Em nota, a defesa do ex-governador disse que vê a decisão com perplexidade, porque, segundo os advogados, sequer foram analisados fatores essenciais para a manutenção da prisão. Segundo os advogados, Patrícia Proetti, Daniel Bialski e Bruno Borragine, a decisão é baseada em argumentos que não representam a realidade fática, em especial quando diz que teriam sido encontrados artefatos no presídio com o ex-governador.
Os advogados ainda garantiram que vão ajuizar um habeas corpus no Tribunal de Justiça do Rio com a expectativa de que isso seja revisto.