Justiça do Rio tenta intimar o cônsul Uwe Herbet Hahn, que voltou para Alemanha

O homem é réu pelo homicídio do marido, o belga Walter Henri Maximilien

Por João Boueri

Reprodução/Redes Sociais Uwe Hahn, à direita, e seu marido, Walter, à esquerda
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Uwe Hahn, à direita, e seu marido, Walter, à esquerda

O juiz Gustavo Gomes Kalil pede ajuda ao presidente do Tribunal de Justiça do Rio para expedir uma carta à Justiça alemã e intimar o cônsul Uwe Herbert Hahn sobre a inclusão do nome dele na lista da Difusão Vermelha da Interpol, com auxílio do Ministério das Relações Exteriores.

Uwe é réu por homicídio com dolo eventual - quando se assume o risco de matar - triplamente qualificado por motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima do marido, o belga Walter Henri Maximilien. O caso aconteceu no apartamento do casal em Ipanema, na Zona Sul do Rio, no dia 5 de agosto. O cônsul foi preso em flagrante.  

No dia 25 de agosto, a desembargadora Rosa Helena Penna Macedo Guita determinou o relaxamento da prisão, alegando excesso de prazo para que o Ministério Público ofereça denúncia contra o cônsul. Em seguida, o acusado embarcou para a Alemanha.  

Cinco dias depois, o Ministério Público do Rio ofereceu denúncia contra ele. No mesmo dia, Uwe Herbert Hahn virou réu, após a Justiça aceitar o pedido do MP.

Mesmo com a inclusão do alemão na lista da Interpol, o fato do cônsul se encontrar na Alemanha impede uma possível extradição, proibida na Justiça do país em que Uwe Herbert Hahn se encontra, uma vez que o processo ainda não transitou em julgado.  

Segundo a polícia, a versão contada pelo cônsul em depoimento de que ele teria caído após um mal súbito é incompatível com o exame de necropsia e a perícia realizada no apartamento.

O laudo revela que o corpo da vítima, o belga Walter Henri Maximilien, apresentava mais de 30 lesões na cabeça, no tronco e nos membros, que sugerem espancamento. A causa da morte foi traumatismo craniano.

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