A Prefeitura de Magé afirma que vai dar continuidade à instalação do sistema de monitoramento com câmeras no local que abriga o busto em homenagem a líder quilombola Maria Conga. A informação foi divulgada pelo município após o monumento ter sido alvo de vandalismo com menções criminosas de cunho nazista.
Em nota, a cidade informou que, por meio da Coordenadoria Municipal de Políticas Públicas de Igualdade Racial, vai restabelecer integralmente a estrutura. O caso foi registrado em uma delegacia e é investigado pela Polícia Civil.
O busto foi instalado em 2021 e é uma obra da artista mageense Cristina Febrone. O monumento exalta a história de Maria Conga, que chegou ao Brasil escravizada e retirada do país de origem, o Congo. Ela nasceu em 1792, filha de um rei africano, mas foi embarcada em um navio negreiro que a trouxe para a Bahia em 1804.
Aos 18 anos, Maria foi vendida a um senhor de engenho de Magé e, aos 24 anos, foi comercializada novamente. Teve sua alforria decretada aos 35 anos, quando fundou o quilombo Maria Conga, reconhecido pela Fundação Palmares.