Marcelo Bretas não vai julgar processo de compra de votos para Olímpíadas 2016

Juiz é responsável pela condenação do ex-governador Sérgio Cabral a 10 anos e 8 meses de prisão; decisão será encaminhada para outra vara federal

Por João Boueri

Marcelo Bretas não julgará o processo Fernando Frazão/Agência Brasil
Marcelo Bretas não julgará o processo
Fernando Frazão/Agência Brasil

O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, responsável pelos desdobramentos da Operação Lavo Jato no estado, declinou da competência do julgamento do processo da Operação Unfair Play, que investiga a compra de votos para o Rio de Janeiro sediar os Jogos Olímpicos de 2016.  

A informação é da defesa do ex-governador do Rio, que afirmou em nota que a decisão é correta, apesar de tardia, e que espera que o mesmo seja reconhecida em diversas outras causas em que, segundo os advogados, ocorreram violação do princípio do juiz natural.  

O juiz Marcelo Bretas chegou a condenar Sérgio Cabral a 10 anos e oito meses de prisão por corrupção passiva, Carlos Arthur Nuzman a 30 anos,11 meses e oito dias de prisão pelos crimes de corrupção passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro e evasão de divisas e Leonardo Gryner a 13 anos e 10 meses de prisão por corrupção passiva e organização criminosa.

A defesa do político vai alegar abuso e parcialidade do juiz Marcelo Bretas. O magistrado condenou o político em diversos processos.

Sérgio Cabral foi solto no dia 19 de dezembro, após o Supremo Tribunal Federal formar maioria para revogar o último mandado de prisão preventiva válido contra o ex-governador, que cumpre prisão domiciliar. Ele havia sido preso em  2016 e as penas somadas chegam a 425 anos de prisão.

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