O vice-presidente de Futebol do Flamengo afirma que não cometeu nenhuma ilegalidade por não ter participado de votações na Câmara Municipal do Rio durante o episódio em que um torcedor do Rubro-Negro foi agredido em um shopping na Zona Oeste do Rio. Marcos Braz se pronunciou pela primeira vez sobre o caso, nesta quinta-feira (21).
Durante entrevista coletiva, o dirigente apresentou a versão dele para a confusão, disse ter sido vítima e explicou por qual motivo chegou a fazer o registro virtual de presença no início da tarde, mas estava no estabelecimento comercial enquanto outros parlamentares discutiam projetos em plenário.
Como faltou à sessão, Braz vai ter o salário descontado. Ele questionou o motivo do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara ouví-lo na próxima terça (26).
O dirigente do Flamengo disse acreditar que a confusão tenha sido premeditada por membros de torcidas organizadas. Segundo Marcos Braz, ele foi atacado verbalmente por homens enquanto estava com a filha, para comprar uma joia como presente. Braz contou ainda que teria pedido para que eles respeitassem a presença da jovem.
De acordo com o dirigente, ele foi ameaçado de morte e a briga ocorreu após um xingamento relacionado à filha dele. Leandro Gonçalves, de 22 anos, afirma que foi mordido na virilha e agredido após reclamar do desempenho recente do Flamengo. Já Braz explicou que não lembra de outros detalhes da confusão.
A defesa do torcedor alega que ele não oferecia perigo quando foi surpreendido pelas agressões e classificou a conduta do dirigente como lamentável. O caso foi registrado como lesão corporal contra Braz e contra o torcedor. O vice-presidente de futebol também aparece no boletim de ocorrência como vítima de ameaça.
Os exames de corpo de delito feitos no Instituto Médico Legal confirmaram que o torcedor foi mordido na região da virilha e que o dirigente saiu com uma lesão no nariz.