O estado do Rio de Janeiro registra aumento de 23% no número de mulheres que adotam o sobrenome do marido no casamento. O número vai na contramão de uma tendência nacional, já que hoje a escolha preferencial dos futuros casais tem sido pela manutenção dos sobrenomes de família.
A informação é da Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Rio, que levou em consideração dados de cartórios desde a publicação do Código Civil de 2002, que permitiu aos noivos adotarem o sobrenome do outro no matrimônio.
O levantamento mostrou ainda que a escolha dos brasileiros pela manutenção dos nomes originais tem sofrido queda, com uma queda de 30% desde a edição do atual conjunto de normas. Em 2002, esta opção representava 58,2% dos matrimônios no país, enquanto que em 2022, este percentual atingiu 41,4%.
Novidade introduzida pelo atual Código Civil, a possibilidade de adoção do sobrenome da mulher pelo homem ainda conta com baixa adesão, sendo apenas 0,5% das escolas no ano passado. O percentual atingiu o ponto máximo em 2008: cerca de 1%
Já a mudança dos sobrenomes por ambos os cônjuges no casamento representou, em 2022, 6,8% das escolhas. A escolha do futuro casal deve ser comunicada ao Cartório de Registro Civil no ato da habilitação do casamento, quando são apresentados os documentos pessoais previstos em lei.