O Brasil se despede do Rei Pelé

Nesta sexta-feira (30), o Jornal BandNews Rio - 1ª Edição presta sua homenagem ao maior jogador de todos os tempos: Edson Arantes do Nascimento, o Pelé

Por Carlos Briggs

Pelé morreu! E agora? Como assim? Como a gente fica sem ele?

Pelé? Não!

Não pode!

Pelé era, no futuro do verbo “ser”, no tempo para sempre, genial! Único!

Esse cara deu três Copas do Mundo para a gente! Pera aí!

A gente se sentiu… primeiro mundo. Tricampeonato! Três vezes Pelé!

58, 62, 70 e reinado.

Com o Pelé em capo, a gente não era só líder, mas esquecia o PIB, o IDH, o esgoto a céu aberto. Tudo fica extracampo.

Pelé era extraordinário.

Não foi o melhor que eu vi. Foi o melhor que senti.

Pelé não jogava, intuía. 

Não era mágico, era a própria magia. Era a construção em constante reconstrução. A cada drible, gol, comemoração. Tudo!

Pelé não jogava futebol com a bola. A bola é que jogava com o Pelé.

Ela é que dependia dele. Ele era o solo fértil para ela seguir. Ela vivia por ele, através do que ele deixava ela fazer. Ela só sabia fazer com ele.

Não era obediência. Era reconhecimento. Voltar para quem conhece você.

A bola era segura com o Pelé. Porque esse cara era do verbo “ser” para sempre único. Por tudo que fez no futebol. Por tudo que fez além do futebol.

Parou uma guerra, virou eterno ainda em vida e na eternidade da sua genialidade adoçou a nossa vida tão amarga. Deu graça ao futebol, fez graça com o futebol, deu-nos a graça de tê-lo nosso, do Brasil.

Nosso 10! O número virou adjetivo: “Fulano joga como um dez nesse time!”

Ahhh, Pelé! Você é verbo, é transcendental!

Pelé!

Não é só rei, como acham. Engano isso. Pelé é realeza. Ele é o rei que realiza. No presente eterno sempre em movimento.

Na nossa memória, no nosso coração, na nossa gratidão, que também é o nosso reconhecimento.

Pelé, talvez, seja um Deus. O Zeus do futebol.

Uma estrela que, dessa magnitude, só poderia, um dia, voltar para o céu.

Obrigado, Pelé!

Texto por: Carlos Briggs

Mais notícias

Carregar mais