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Operação no Complexo da Penha deixa 21 mortos e 7 feridos

Um policial civil também foi ferido durante a operação, que acontece desde o início da manhã desta terça-feira (24)

Marcus Sadok e Thuany Dossares

Mulher foi atingida na comunidade Chatuba, próximo de onde acontecia a operação
Mulher foi atingida na comunidade Chatuba, próximo de onde acontecia a operação
Ouvinte/BandNewsFM

A Polícia Civil tenta identificar os 21 mortos durante uma operação no Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio, nesta terça-feira (24). Desde o início da manhã, acontece uma operação da Polícia Militar e da Polícia Rodoviária Federal na Vila Cruzeiro, que fica no conjunto de favelas. De acordo com a PM, entre os mortos estão 20 suspeitos e uma moradora vítima de bala perdida. Sete pessoas também ficaram feridas.

Estre os feridos está um policial civil da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), que foi atingido por estilhaços. O agente foi socorrido para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, onde passa por atendimento. A equipe dele foi até a comunidade da Chatuba, também no Complexo da Penha, para fazer perícia no lugar onde a moradora foi baleada e acabou morrendo.

Segundo o porta-voz da PM, tenente-coronel Ivan Blaz, o Comando Vermelho, que é a facção que atua naquela região, passou a dar abrigo a traficantes de diversos estados, que comandam do Complexo da Penha, as atividades ilegais no Norte e Nordeste do Brasil.

A operação foi emergencial porque a inteligência da corporação detectou a movimentação de centenas de traficantes que estavam escondidos no Complexo da Penha e iriam se deslocar.

De acordo com a PM, o bando é o responsável por 8 em cada 10 confrontos no Rio de Janeiro. Logo nas primeiras horas da manhã, policiais militares e agentes da PRF foram recebidos a tiros pelos criminosos.

A maior parte dos confrontos aconteceu em áreas de mata. Pelas redes sociais, os traficantes pediam ajuda a outros criminosos ao ficarem cercados.

A polícia também usou uma retroescavadeira para tirar barricadas colocadas nos acessos à comunidade.

13 fuzis, pistolas, granadas, 20 veículos e grande quantidade de drogas foram apreendidos.

Por causa do tiroteio, 11 escolas municipais não funcionaram, deixando milhares de alunos sem aula.