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Perito morto por militares da Marinha estava imobilizado quando foi baleado

Uma testemunha gravou as agressões a Renato Couto de Mendonça, que trabalhava na Polícia Civil

Gabriela Morgado

O perito da Polícia Civil morto por militares da Marinha estava imobilizado quando foi baleado três vezes pelos criminosos. Renato Couto de Mendonça também recebeu chutes enquanto estava no chão.

As agressões foram flagradas por uma testemunha, que gravou o crime, que aconteceu na Praça da Bandeira, na Zona Norte do Rio, na semana passada. Nas imagens, é possível ver que três pontos luminosos aparecem na tela, que parecem ser os disparos feitos contra a vítima.

Os militares Manoel Vitor Silva Soares, Daris Fidelis Motta e Bruno Santos de Lima, além do pai de Bruno, Lourival Ferreira de Lima, estão presos preventivamente.

A Justiça do Rio aceitou a denúncia do Ministério Público contra eles por homicídio qualificado e fraude processual. As investigações apontaram que Lourival recolheu as cápsulas dos disparos do local do crime e que os militares limparam os vestígios de sangue da van em que levaram a vítima.

De acordo com a denúncia, o crime aconteceu depois que Renato Mendonça acusou Lourival de interceptar materiais roubados da obra da vítima e ameaçar fechar o local. A investigação apontou que o perito foi alvo de três tiros, sequestrado e jogado ainda vivo dentro do Rio Guandu, na Baixada Fluminense. O crime aconteceu no dia 13 de maio.