Com o novo reajuste de 18,7% anunciado pela Petrobras para a gasolina em refinarias, o preço médio do litro do combustível em postos do Rio de Janeiro já ultrapassa R$ 7. Em um estabelecimento em Botafogo, na Zona Sul, o valor já chegava a casa de R$ 8,69.
Oficialmente, o reajuste só entra em vigor a partir de sexta-feira (11), no entanto, durante toda quinta (10) motoristas já encontram a gasolina sendo vendida acima de R$ 7,19 em diferentes bairros. Segundo pesquisa da Agência Nacional do Petróleo, o preço médio no estado até a última semana era de R$ 7,14.
A notícia do reajuste fez com que muita gente tentasse encher o tanque, como foi o caso da microempresária Tarsila Martins, que se assustou com os valores cobrados na Zona Norte.
Na mesma região, no bairro Praça da Bandeira, alguns postos tiveram registro de fila, o que também ocorreu na Ilha do Governador. Em Benfica, o músico Gabriel Pamphili não teve esse problema, mas deu de cara com um preço de R$ 7,29. Ele agora já pensa em alternativas para ir trabalhar.
Na Tijuca, o vigia José Carlos de Souza gastou mais de R$ 200 para encher o tanque. Ele reclamou dos reajustes.
No mesmo bairro, o gerente de um posto relatou que a procura pelo local já havia começado dias antes do anúncio do reajuste. Segundo Marcos Aurélio, alguns clientes procuram de forma contínua o estabelecimento durante toda semana.
De acordo com o Observatório Social da Petrobras, entidade de pesquisa ligada à Federação Nacional dos Petroleiros, o aumento de 18,7% da gasolina e de 24,9% do diesel anunciado pela Petrobras é o maior reajuste promovido pela estatal desde janeiro de 2021. Para o economista do grupo, Eric Gil Dantas, a questão precisa ser reavaliada.
Um levantamento do Observatório apontou que com o novo aumento a gasolina deve ultrapassar os R$ 7 na média nacional e o diesel pode chegar ao valor médio de R$ 6,46 nos postos. Desde janeiro do ano passado, segundo a entidade, a Petrobras já aumentou 13 vezes o preço da gasolina e 11 vezes o do diesel.
