Plano de saúde: especialistas não creem em queda nos preços após decisão do STJ

A partir de agora, as operadoras não são obrigadas a abrir negociações para cobrir procedimentos ou tratamentos que não estejam no rol de procedimentos

Leonardo Macachero

Queda nos valores não é esperada por especialistas Arquivo/Agência Brasil
Queda nos valores não é esperada por especialistas
Arquivo/Agência Brasil

Especialistas não acreditam que os preços dos planos de saúde possam cair, após o Superior Tribunal de Justiça decidir que o rol de procedimentos é taxativo. A queda no valor para os pacientes foi um dos argumentos usados pelos ministros para justificar a mudança.

A partir de agora, as operadoras não são obrigadas a abrir negociações para cobrir procedimentos ou tratamentos que não estejam no rol.

Uma exceção, por exemplo, seria a falta de opções semelhantes na lista desde que haja indicação médica e que a eficácia esteja comprovada.

O advogado especialista em direito do consumidor Artur Rollo diz que não acredita que haja qualquer economia para os clientes.

Ainda segundo o advogado Artur Rollo, tratamentos mais longos, como os oncológicos, podem sair mais caro para os pacientes. Pessoas com transtorno do espectro autista, que precisam de atenção multidisciplinar, também podem ser prejudicadas.

Já o cientista político Marco San acredita que o lucro das empresas de planos de saúde pode aumentar com a decisão do STJ.

Adriana Barreto é mãe do Gabriel, de 6 anos, que tem autismo. Ela está preocupada em não conseguir realizar o tratamento completo do filho.

Questionada, a Associação Nacional das Administradoras de Benefícios diz que a medida evita um grande desequilíbrio econômico-financeiro das mensalidades vigentes.

Nós também questionamos a Associação Brasileira dos Planos de Saúde, mas até o momento, não obtivemos resposta. 

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