Polícia e MP tentam localizar mandante da morte do jornalista Romário de Barros

O crime ocorreu em junho de 2019, na cidade de Maricá

Por Marcus Sadok

A Polícia Civil e o Ministério Público tentam localizar o mandante da morte do jornalista Romário de Barros, na cidade de Maricá, na Região Metropolitana do Rio. O crime ocorreu em junho de 2019. O acusado, identificado como Davi de Souza Esteves, é policial militar reformado e segue foragido. O inquérito aponta que ele seria do braço armado da quadrilha responsável por execuções na cidade. Na casa dele, foram encontrados 80 mil reais, munições e uma arma.

Dois apontados como executores do crime, Rodrigo José Barbosa da Silva, de 39 anos, e Vanessa da Matta Andrade, a Vanessa Alicate, foram presos em uma operação realizada nesta quinta-feira (24), quando também foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça.

Segundo a denúncia do Ministério Público, o jornalista Romário da Silva Barros foi morto por motivo torpe, em razão das matérias de jornalismo investigativo que ele fazia. O crime também foi praticado mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, já que Rodrigo e Davi estavam de campana, aguardando a vítima voltar de uma caminhada. De acordo com as investigações, o jornalista foi surpreendido por disparos de arma de fogo, sem possibilidade de reação.  

O preso desta quinta também é investigado pelas mortes do vereador de Maricá Ismael Breve de Marins, e do filho dele, Thiago André Marins de Marins, e ainda pelo assassinato de Sidnei da Silva, todos em 2019, como explica o delegado Pablo Valentim.  

Segundo a promotora do Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado do MP Gabriela Aguilar, uma ferramenta tecnológica ajudou a identificar o assassino.

O homicídio de Sidnei da Silva foi cometido por vingança depois de uma discussão na rua, poucos dias antes do crime, entre a vítima e esposa de Rodrigo. Thiago André Marins foi morto por desavenças familiares e financeiras com a ex-companheira, Vanessa da Matta Andrade, apontada como mandante do crime. Já Ismael Breve de Marins foi executado como queima de arquivo, por ter presenciado a morte de Thiago. 

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