A Polícia Civil investiga uma confusão generalizada na orla de Copacabana, Zona Sul do Rio, que terminou com sete torcedores detidos. Nesta sexta-feira (03), os seis argentinos do Boca Juniors e um tricolor foram liberados da delegacia da região. Também está no radar das autoridades as ameaças de torcedores nas redes sociais, postadas no fim da noite de ontem, após a confusão.
Em um vídeo gravado por um brasileiro, é possível ver o homem empurrando um argentino e o xingando. Depois, os dois correm, na areia da praia.
Segundo a Polícia Militar, a confusão teria tido início com a provocação de tricolores, que chegaram na zona mista de torcida: a Fun Zone, onde estavam argentinos. Em uma gravação, é possível ver apoiadores do Fluminense chegando em massa na orla. Em outra, se escuta uma brasileira chamando um torcedor argentino, que estava sendo detido, de racista…
A Polícia Militar e o Batalhão de Rondas Especiais e Controle de Multidão precisaram atuar com reforço para apartar a confusão. Spray de pimenta e bala de borracha precisaram ser usados. Muitas pessoas passaram mal e precisaram ser atendidas por ambulâncias. A medida foi mal vista pela Imprensa Argentina, que criticou o uso da força da PM. Em nota, a Corporação disse que os meios utilizados foram necessários para dispersão e encerramento da confusão.
Após a confusão, a Conmebol se pronunciou nas redes sociais e disse que repudia atos racistas e atos de violência. A Confederação pediu que os jogadores partilhem momento de alegria e de harmonia.
Na manhã desta sexta-feira (03), o policiamento foi reforçado em Copacabana. A previsão é que mais de 2.400 policiais militares atuem no sábado, quando ocorre a partida entre Fluminense e Boca Juniors, a partir das 17h.
Segundo a RioGaleão, a previsão é receber 15 mil torcedores que vêm apenas para a partida, em 116 voos extras.