Um dos acusados de matar um francês a marteladas em Barra de Guaratiba, na Zona Oeste do Rio, é preso. Thiago Mariano dos Santos foi capturado em Campo Grande, na mesma região, por policiais civis. De acordo com as investigações da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), o crime aconteceu porque a vítima, Rodolphe Jean-Claude Maurice, de 25 anos, descobriu que estava sendo alvo de um golpe ao contratar uma empresa para reformar um imóvel. O acusado de planejar o homicídio, Alessandro de Azevedo Monteiro, ainda está foragido. A dupla também foi indiciada pela Polícia Francesa.
As investigações apontaram que Alessandro usava uma identidade falsa e se passava por engenheiro para se aproximar de potenciais vítimas usando anúncios falsos em plataformas digitais e oferecer serviços de reforma e construção. Foi dessa forma que ele se aproximou do francês. Alessandro, que é apontado como chefe do bando, se apresentava como responsável por uma empresa de construção civil, de nome "Athus - Construindo Sonhos", e usava o registro profissional de um engenheiro de São Paulo.
Os policiais apuraram que a vítima tinha acertado um serviço com Alessandro no valor de R$ 180 mil e chegou a pagar R$ 60 mil, mas o serviço não estava sendo prestado. Além disso, o francês ainda foi alertado sobre a chance de estar caindo em um golpe por um empreiteiro que trabalhava numa empresa de arquitetura, que observou que Alessandro e os pedreiros não sabiam informações técnicas e nem realizar tarefas simples do ramo de construção.
O francês, então, tentou ir até a casa do falso engenheiro para tentar reaver o dinheiro, mas não conseguiu. Diante disso, ele decidiu acionar o golpista judicialmente.
Ao começar a ser cobrado, Alessandro planejou a morte de Rodolphe Jean-Claude e começou a aliciar possíveis participantes para o crime, que a DH classificou como um plano macabro. Os investigadores descobriram que Thiago Mariano dos Santos, preso nesta quinta-feira, foi um dos escolhidos. Os investigadores também apuram se outro homem também participou do crime.
Segundo a polícia, os bandidos foram até a casa do francês, roubaram bens dele como celular, notebook e videogame, e depois o mataram com extrema violência. O laudo de necropsia demonstrou que os meios empregados levaram à vítima a intenso sofrimento físico.
Thiago e Alessandro ainda venderam os bens de Rodolphe após o crime.
Por conta da perplexidade do caso, a Polícia Francesa, através do Consulado da França no Brasil iniciou uma investigação paralela de cunho internacional e também expediu mandados de prisões internacionais para os autores.
Alessando já era conhecido da polícia por ter sido condenado a dez anos de prisão por torturar o enteado de um ano de idade.