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Produtos de hortifruti que eram enviados do RS tem redução de 30%

Segundo a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento, por enquanto não há risco de desabastecimento, alteração de preços

Por Bruna Navarro

Produtos hortifrutigranjeiros
Produtos hortifrutigranjeiros
Divulgação

A Ceasa de Irajá, na Zona Norte do Rio, teve nesta semana uma redução de 30% no volume de produtos hortifrutigranjeiros que chegam do Rio Grande do Sul. Do dia 5 de maio até esta quinta-feira, entraram na central de abastecimento 854 toneladas de produtos gaúchos. Entre 28 de abril e 2 de maio, foram 1310 toneladas.  

Segundo a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento, por enquanto não há risco de desabastecimento, alteração de preços.

Os principais produtos que chegam do Rio Grande do Sul são maçã, cebola, pera, algumas frutas importadas, arroz para os atacados, pescados, carnes, batata e outros gêneros.  

O agricultor e presidente da Associação dos Produtores do Rio, Carlos Magalhães, afirmou que além dos pequenos produtores, os consumidores também vão começar a sentir os impactos do problema, principalmente nos preços dos alimentos.

A parte da folhosa tinha caído muito o preço, a oferta tinha aumentado o preço, tinha abaixado muito, mas com essa procura aqui do Sul, já subiu. Hoje um pregado de alface que estava em torno dez, doze reais, já pulou para vinte. E a alface americana, que são doze pés no pregado, já foi para vinte e quatro reais, dois reais o pé. Então, pode ter certeza aí que nos próximos dias vai impactar a parte da folhosa. Tomate hoje já disparou de preço aqui no mercado. Já deu no mercado aqui de Nova Friburgo cento e vinte reais a caixa, com vinte quilos.

Diante da expectativa de impacto nos preços e na produção alimentícia, como no caso do arroz, o Governo Federal anunciou a importação do item, uma vez que o Rio Grande do Sul, afetado pelas chuvas, é responsável por 70% da produção de todo o produto consumido no Brasil.

Antes das chuvas, o IBGE estimava que a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas do Rio Grande do Sul cresceria 46,4% neste ano, em relação ao ano passado, e passaria a responder por 13,3% do total nacional, encostando no estado do Paraná.

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