Profissionais de educação denunciam falta de apoio à crianças com deficiência

Segundo relatos há defasagem no número agentes de apoio, em relação a quantia prevista por lei

Por Priscila Xavier

Profissionais de educação denunciam falta de apoio à crianças com deficiência
A mediação escolar é um direito garantido pela Lei Brasileira de Inclusão
Fabiana Carvalho/Agência Senado

Profissionais da educação denunciam a falta de agentes de apoio às crianças com deficiência na Rede Municipal de Ensino do Rio. Ao todo, 1.125 funcionários precisam se dividir para atender aos cerca de 20 mil alunos. Ou seja, existe apenas um apenas um profissional disponível para cada grupo de 18 estudantes.  

Há quase um ano, a BandNews FM já havia denunciado a situação. Na época, eram pelo menos 19 mil alunos para 1.100 agentes.

Além desse cenário, a coordenadora geral do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio (SEPE), Samantha Guedes, denuncia a falta de especialização dos agentes para o apoio às crianças com deficiência.  

Em nota, a Secretaria Municipal de Educação informou que contratou, recentemente, 700 novos agentes de educação especial, que já estão em sala de aula. Além disso, no ano passado, foram alocados dois mil estagiários para dar suporte às turmas e outros dois mil estão previstos até o fim deste mês.

Ao todo, serão quase seis mil profissionais. Mesmo assim, segundo Samantha Guedes, o número ainda é insuficiente para suprir a demanda.

Uma agente de apoio que preferiu não se identificar e teve a voz modificada afirmou que, devido ao grande número de alunos com deficiência que precisam de apoio na sala de aula, os agentes precisam se desdobrar para assistir a todos.

A mediação escolar é um direito garantido pela Lei Brasileira de Inclusão, que vale para escolas públicas e privadas. Somente no ano passado, a Defensoria Pública do Rio registrou mais de 600 pedidos para mediação escolar para crianças com deficiência física e intelectual. 

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